Medicina, música e agradecimentos

                                "O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria se aprende é com a vida e com os humildes" (Cora Coralina).

Com Henrique Batista,presidente do Congresso e João Alberto.

  

   Passei, pela primeira vez nesses 63 anos, o meu aniversario longe da família e dos amigos, principalmente da família. Convidado pelo Conselho Federal de Medicina para participar como membro da Comissão de Humanidades Médicas e apresentar uma Oficina de Música e Medicina no VI Congresso de Humanidades Médicas, ocorrido em Brasília agora nos dias 10 e 11 de agosto, saí de Aracaju, confesso, um pouco a contragosto.                                 
   Na oficina tive o privilégio de ter ao meu lado o colega João Alberto Silveira, esse sim um músico social e humanista por excelência. Foi um momento mágico que durou quase duas horas, onde destacamos a música como agente de promoção à saúde, através de jingles da autoria dele e apresentamos um repertório de clássicos da MPB compostos por médicos, sozinhos ou em parcerias. Como diz o slogan da nossa SOBRAMES (médicos, escritores e artistas em confraria), dons que se encontram são eternos.                     
    Mas não ficou só nisso. Mostramos como a flauta foi importante para a invenção do estetoscópio de Laennec, médico e flautista. Apresentamos Billroth, considerado o pai da cirurgia gastrointestinal, organista e violonista, parceiro e amigo do grande compositor Johannes Brahms. Dele é a frase: "ciência e arte jorram da mesma fonte", demonstrando que as duas atividades estão entrelaçadas, como a dupla face do deus Apolo, filho de Zeus.                        
   Por isso, toda vez que um médico escreve um poema, pega um pincel para pintar um quadro, faz uma escultura, produz uma fotografia artística,

Com Aníbal Gil,padre, filósofo, psiquiatra, da Academia Pontifícia de Ciências do Vaticano. Uma legenda!

toca um instrumento musical, canta uma peça de um coral ou escreve um texto literário, este médico, ao se engajar num ato criativo, reafirma, sustenta e embeleza alguns dos princípios básicos da Medicina.                                 
   Foi muito estranho realmente passar o aniversário longe de casa, da família e dos amigos, apesar do motivo enobrecedor e gratificante! Por sorte, as mensagens que chegaram de todas as partes (foram muitas!) pelas redes sociais e por telefone, ajudaram a minimizar essa distância.         
    A todos vocês, que perderam um pouquinho dos seus tempos para manifestar a gentileza do cumprimento, o meu sincero agradecimento. Como é bom ter amigos e uma família unida e amorosa! E como é bom voltar para casa, com a sensação do dever cumprido!

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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