A Defesa Civil fez uma nova visita ao antigo Hotel Palace na manhã desta sexta-feira, 20, para averiguar o andamento das obras e a situação estrutural do prédio. Os trabalhos começaram com as retiradas de pastilhas e rebocos da parte externa, por conta da iminente possibilidade de descolamento.

No dia de ontem, a direção técnica da empresa contratada para realizar os reparos enviou um cronograma para o órgão estadual. Até o fim do mês, a parte externa será finalizada. Para a parte interna, está sendo feita a contratação dos profissionais que trabalharão no projeto. “Ele tem uma demanda de 30 a 45 dias, para começar. Precisamos da assembleia dos condôminos, que acontece na próxima semana, para viabilizar a questão dos recursos”, disse o Raildo Queiroz, consultor técnico contratado.

Aproximadamente 70% da parte de demolição das pastilhas já foi concluída, principalmente nas fachadas sul e leste. A correção das falhas elétricas e o projeto de combate a incêndio serão providenciados posteriormente à cobrança da taxa extra para os condôminos. “Haverá a contratação das empresas, o envio dos relatórios à Corpo de Bombeiros e Energisa para aprovação em 45 dias. Pedimos celeridade aos órgãos para que sejam aprovados o mais rápido possível. A partir daí, será identificado tudo o que precisa ser feito”.

Em laudos técnicos feitos recentemente, foi apontado que o Hotel Palace não corre risco de desabamento. No entanto, há uma possibilidade de incêndio em outros pavimentos, como o da Superintendência do Patrimônio da União (SPU), por causa da presença de materiais como birôs, cadeiras, bancas de escritório e da falha elétrica.

Moarcir Sena, coordenador de engenharia da Defesa Civil, explicou que a justiça sergipana solicitou o acompanhamento dos serviços. “Com relação ao pavimento da SPU, eles entregaram um ofício informando que estão em processo de licitação de contratação da empresa para realizar as obras e toda a retirada, e que isso se realizaria ainda dentro deste mês. Quanto ao Estado, foi entregue por eles uma planilha orçamentária que prevê a construção de uma nova cobertura, para evitar infiltração de águas das chuvas na edificação, e alguns reparos e reformas, a exemplo do sistema de proteção a descargas atmosféricas”.

Ainda não há uma visita prevista. A Defesa Civil irá preparar um relatório e enviará ao Tribunal de Contas e ao Tribunal de Justiça, que querem acompanhar as ações no prédio.

Por Victor Siqueira