Handebol: presidente de Confederação não vê crime no uso de verbas

Agentes federais deixam sede da Confederação e levam malotes (Foto: Portal Infonet)

O presidente em exercício da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), Ricardo Souza, não está surpreso com a Operação Sete Metros desencadeada pela Polícia Federal nesta quinta-feira, 12, para cumprimento de mandados judiciais frutos das investigações que envolvem irregularidades na utilização dos recursos destinados pelo Ministério do Esportes destinados para o Campeonato Mundial de Handebol Feminino realizado no Brasil em 2011, durante o ciclo preparatório para os Jogos Olímpicos realizados no Estado do Rio de Janeiro no ano de 2016.

O presidente em exercício não está em Aracaju, mas concedeu entrevista ao Portal Infonet. Por telefone, Ricardo Souza disse que há procedimentos administrativos que tramitam no Ministério dos Esportes, mas garante que não há nada que caracterize crime ou má utilização dos recursos. O presidente em exercício admite a possibilidade de ter ocorrido algo que possa ter fugido às exigências inerentes à licitação, mas nada que caracterize dolor.

Ele justifica, alegando que os procedimentos adotados pelos organizadores do mundial feminino foram de certa forma atropelados porque o convênio com o Ministério dos Esportes ocorreu no mesmo dia em que o campeonato foi iniciado, no dia 2 de dezembro de 2011 e os recursos repassados em data posterior àquele evento esportivo. O presidente em exercício diz que não há como realizar um campeonato seguindo todos os trâmites nestas circunstâncias, mesmo em se tratando de recursos privados. “Os recursos deveriam ter sido liberados antes”, enaltece.

Sem informações

O presidente em exercício revela que à época do convênio não estava à frente da Confederação Brasileira de Handebol, mas acompanhou os desdobramentos a partir do processo administrativo instaurado no Ministério dos Esportes. Apesar de acompanhar estes procedimentos no Ministério dos Esportes, o presidente em exercício da Confederação diz que não tem como falar dos mandados judiciais decorrentes da investigação da Polícia Federal.

“Não tenho acesso a essa investigação, mas nada de irregular aconteceu. Já estava ocorrendo a conciliação bancária no Ministério dos Esportes, mas a CGU [Controladoria Geral da União] fez as denúncias e eu não tenho subsídio para falar sobre esta investigação em si [da Polícia Federal]”, ressaltou o presidente em exercício.

Os agentes da Polícia Federal chegaram pouco depois das 6h da manhã desta quinta-feira, 12, na sede da Confederação Brasileira de Handebol em Aracaju e, neste momento, estava apenas o vigilante. Um agente da Polícia Civil que passava no momento, se dirigindo ao Ipes, foi convocado como testemunha e o vigilante, que já estava encerrando o expediente, acabou impossibilitado de deixar a sede da entidade até o final dos trabalhos. Por volta das 7h30, os agentes deixaram a sede da Confederação, levando malotes, mas nada falaram a respeito da Operação, batizada de Sete Metros em referência à penalidade máxima para aqueles que cometem faltas graves nos jogos.

Por Cássia Santana

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