Dois golfinhos da espécie Sotalia guianensis, conhecidos como botos-cinza, foram encontrados mortos na manhã deste sábado, 30, nas praias do Abaís, em Estância, e da Caueira, em Itaporanga D’Ajuda, em Sergipe.
A Fundação Mamíferos Aquáticos, que é executora do Projeto de Monitoramento de Praias do trecho Sergipe, na Bacia Sergipe-Alagoas (PMP-SEAL), informou que recebeu a informação de um animal encalhado na Praia do Abaís e, durante o monitoramento regular de praias, outro golfinho foi registrado na Praia da Caueira.
A instituição explicou que as equipes de resgate atuaram rapidamente e os dois golfinhos foram encaminhados para exames de necropsia, com objetivo de determinar a causa da morte dos animais. A equipe de resgate e os especialistas em vida marinha continuarão monitorando a situação.
Segundo a instituição, a colaboração da comunidade é fundamental para a proteção desses animais e a preservação do ecossistema marinho. No caso de novos encalhes, a orientação é que comunidade entre em contato com a Fundação Mamíferos Aquáticos. Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, o contato pode ser realizado pelo telefone 0800 079 3434.
Espécie
A espécie Sotalia guianensis é encontrada em águas costeiras e estuarinas da América do Sul e Central. Os encalhes de golfinhos podem ocorrer por diversas razões, tanto naturais quanto antropogênicas. Entre as causas naturais, destacam-se doenças infecciosas, como parasitas, bactérias e vírus. Fatores antropogênicos incluem a poluição, perda de habitat, colisões com embarcações e a captura acidental em redes de pesca.
A realização do PMP-SEAL é uma exigência do licenciamento ambiental federal, conduzido pelo Ibama para as atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural. O projeto é realizado desde o município de Conde (Bahia) até Piaçabuçu (Alagoas), dividido em três áreas. Sendo a responsabilidade técnica da Mineral Engenharia e execução em Sergipe pela Fundação Mamíferos Aquáticos e Projeto Tamar.
Com informações da Fundação Mamíferos Aquáticos