Boquim tem três candidatos

Boquim, localizada na região Sul de Sergipe, a 82 Km da capital, tem uma área de 246 km², com uma população de 24 mil habitantes. Boquim é o décimo colégio eleitoral de Sergipe, com 17.062 eleitores. Seus principais produtos são: laranja, banana, feijão, fumo, maracujá, coco, entre outros. Hoje com uma arrecadação em torno de R$ 600 mil, o município que já foi um dos maiores produtores de laranja do Brasil, fica em uma posição desfavorável com a crise que assola a citricultura em Boquim.
O município de Boquim tem três candidatos que concorrem à prefeitura da cidade. A coligação "Resgatando o Progresso" encabeçada pelo atual vice-prefeito, Genivaldo Menezes (PSB), 47 anos, pretende como os outros candidatos, resgatar a agricultura no município, principalmente a colheita da laranja. Mas será que como vice-prefeito de Boquim, Genivaldo Menezes não pôde fazer nada para reativar a citricultura?
A coligação "Mudar para Valer" tem como candidato a prefeito o citricultor Luiz Fonseca (PPB), 40 anos. Ele é irmão do Deputado Federal Cleonâncio Fonseca. Essa é a terceira vez que Fonseca candidatar-se a prefeito de Boquim. Ele pretende evitar o êxodo rural, ou seja, impedir que os jovens saiam do município e vão em busca de oferta de emprego em outras localidades, como por exemplo, Aracaju. Para isso, garante melhorar a oferta de emprego e impulsionar a citricultura.
"Unidos por Boquim", essa é a coligação do vereador e comerciante, candidato a prefeito da cidade, Pedro Barbosa Neto (PSDB), 34 anos. Pedro é irmão do Deputado Estadual Joaldo Barbosa. Ele também pretende criar emprego no município e melhorar a situação citrícola.
O que percebemos no município de Boquim é que a agricultura foi colocada de lado e esquecida pelos últimos administradores. Boquim era destaque nacional, com relação a colheita de laranja. Um dos grandes produtores de laranja do Brasil. Hoje a cidade está passando por uma queda na produção considerável, que está afetando todos os setores econômicos da cidade.

Apelido ganha força nas eleições

O dicionário Aurélio designa a palavra apelido como um sobrenome ou nome de família; alcunha; designação especial de algumas coisas. Alcunha é um apelido que se põe a qualquer pessoa e pelo qual fica conhecido. Para muitos o apelido já é marca registrada de identificação. No Brasil muita gente famosa é conhecida por seu apelido, a exemplo do nadador brasileiro Xuxa, o apresentador e animador, Sérgio Malandro, a cantora, Mara Maravilha, o pagodeiro Xandy, entre muitos outros. Em Sergipe candidatos a prefeito e a vereador são mais conhecidos pelos seus apelidos do que com o seu nome verdadeiro. A exemplo de Antônio Rodrigues da Paixão e de Maria das Graças do Nascimento Lima. O primeiro é o prefeito e candidato à reeleição de Nossa Senhora do Socorro, Tonho da Caixa, a segunda é a candidata a prefeita de Propriá, Menininha.
"O apelido de Cuscuz nasceu na época da escola. Os colegas que estudaram comigo no Colégio Visão achavam o meu cabelo parecido com um cuscuz de milho. Até hoje a maioria me chama desse jeito", declara o candidato a vereador pelo PDT, Charles Hardman. Já um dos mais novos candidatos a vereador prefere adotar o apelido para vencer as eleições de 2000. Fabiano Lima Vasconcelos, mais conhecido como Bibi, ganhou esse apelido dentro de casa. Daqui por diante, amigos e parentes passaram a chamá-lo sempre pelo apelido. Segundo ele, o apelido é sua marca registrada para chegar na câmara.
A Câmara de Vereadores de Aracaju é formada por 21 pessoas e todas elas vão à reeleição. A maioria tem apelidos e trabalha com eles em suas campanhas. O vereador Antônio Soares da Mota é mais conhecido como Motinha, apelido que tem desde infância e principalmente quando foi presidente do Clube Sportivo Sergipe. Josenito Vitale de Jesus é vereador de Aracaju, mas poucos o conhecem com esse nome. Nitinho é apelido de criança e sua marca nas campanhas.
Os apelidos na Câmara de Vereadores de Aracaju chegam a ser hilários e às vezes, muito engraçado. A exemplo do vereador Vovô, que tem como nome de batismo, José Silvio Monteiro.
A verdade é que em período de eleição, os apelidos ganham força e sem dúvida, pode até eleger candidatos. E viva aos apelidos!