Lei obriga candidaturas femininas em todo o país
A lei de Cotas destina um número mínimo de 30% das candidaturas nas eleições proporcionais às mulheres, segundo a Lei 9.504, de setembro de 1997. A Bahia é o Estado campeão nesse aumento. Em 1996 eram 1.159 candidatas a vereador. Neste pleito concorrem 4.427 candidatas: um crescimento em torno de 380%. Mas até hoje, nenhum partido conseguiu cumprir a lei nacionalmente. A lei de cotas valeu em 1996 para 20% das candidaturas e em 1998 para 25%.
Apenas oito Estados tiveram menos candidatas às prefeituras neste ano do que em 1996: Amazonas, Amapá, Ceará, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí e Sergipe. No geral, os números não tiveram queda significativa. O Amazonas foi o que teve maior redução no número de candidatas: em 1996 foram 20 (elegeu 2); neste ano, apenas 6. Depois vem Sergipe, que em 1996 tentou eleger 29 prefeitas (elegeu 5) e agora somente 12.

País tem o maior número de votos inválidos
Mesmo a urna eletrônica propiciando uma redução do número de votos inválidos, o Brasil continua a ser um dos países com o maior contingente do mundo de votos anulados. Até 97, segundo o Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), 20% dos votos brasileiros eram invalidados. Na Argentina, o índice chegou a 3,7%; no Uruguai, a 4,7%; e no Paraguai, a 3,6%. Dentre os países com voto facultativo, o maior índice era o do Marrocos, com 13% dos votos inválidos, e o menor, da Noruega, com apenas 0,4%.

Votos de legenda
O Tribunal Superior Eleitoral observou um número expressivo de votos de legenda para parlamentares nas eleições de 98. Do total de 61,1 milhões de eleitores em 537 municípios com voto eletrônico, que representavam 58,3% do eleitorado nacional, houve 9,4 milhões de votos na legenda para deputado federal e 10,1 milhões para deputado estadual. Na ocasião, o eleitor escolhia primeiro os candidatos para deputados estadual e federal e, em seguida, para governador, senador e presidente.
Segundo o TSE, o eleitor confundiu-se, ao acreditar que estava votando para governador ou presidente quando na verdade estava escolhendo seu candidato para deputado.

Campanha
Para evitar toda essa confusão, a campanha deste ano vai enfatizar que o primeiro voto será para vereador e o segundo, para prefeito. Com isso, espera-se que os eleitores possam votar corretamente e não desperdice o seu voto no dia 1º de outubro.