Desarmar os espíritos
29/10/2002


Passada a refrega eleitoral, mas ainda no calor das comemorações pela vitória de João Alves Filho para um terceiro mandato, a ordem no PFL, e por conseguinte na coligação que deu sustentação à candidatura vitoriosa, é uma só: desarmar os espíritos. O que isso quer dizer? Que todas as acusações feitas aos adversários e até a explorações de casos aleatórios, devem ser entendidos como manobra de campanha. Por exemplo, a tal acusação de forasteiro e as críticas que forem feitas em torno, devem cessar. Até porque o PFL não quer ser taxado de preconceituoso, nem muito menos desenvolver qualquer campanha em torno disso. Sabem eles que Aracaju e Sergipe abrigam muitos naturais de outros Estados e uma campanha em torno do local de nascimento das pessoas levaria o partido a um impasse. Desarmar os espíritos, portanto. É preciso entender que, no auge da campanha, quando todas as armas são válidas e acusações são feitas a torto e a direito, tudo isso encerra-se com a contagem do último voto. Uma campanha de xenofobia é o que menos interessa agora.

Por Ivan Valença