Osmário Santos comenta a política sergipana
15/10/2002


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Deu no jornal “O Globo”: o deputado estadual e vice-presidente da Assembléia Legislativa, Marcos Franco, obteve o melhor desempenho percentual entre os candidatos do PMDB em todo o país, sagrando-se o mais votado. Nenhum outro candidato chegou a 3,2% do total de votos válidos. Marcos obteve 28,2 mil votos, marca histórica.

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A votação de Marcos Franco tornou o jovem parlamentar um apoio expressivo para o ex-governador João Alves Filho, pois conseguiu levar um número importante de prefeitos e lideranças políticas para apoiar o candidato do PFL. Nessa lista, está o deputado federal Jorge Alberto. João Alves tem recebido várias adesões importantes, mas poucas têm o peso precoce da liderança conquistada por Marcos, herdada do pai, o ex-deputado constituinte e ex-prefeito de Laranjeiras, Antônio Carlos Franco.

Os queridinhos dos petistas
O jornalista Eugênio Nascimento, em sua coluna Palanque Eletrônico, no site www.osmario.com.br, conta que o pessoal do PT anda pelas ruas de Aracaju cantarolando a música dos sertanejos Zezé de Camargo e Luciano que o partido está usando nacionalmente. Segundo Eugênio, muitos petistas compraram o CD e já estão achando a dupla uma coisa extraordinária. Nessa nova rodada, muitas notas picantes sobre o segundo turno em Sergipe.

Invasão
O candidato do PFL ao governo de Sergipe, João Alves, está invadindo as bases do PT. Na sexta-feira 11, ele conseguiu levar alguns funcionários do município que ocupam cargos de confiança para uma reunião de seus cabos eleitorais. A turminha da prefeitura pede apenas que ninguém seja identificado, por se temer a perda do cargo.

História
Em 1986, o então candidato a senador Viana de Assis comemorou a vitória. Reuniu amigos, parentes e cabos eleitorais e proclamou: Sou senador! Virou-se para a mulher, Iara Viana, e disse-lhe: Vais dormir esta noite com o senador. Amanheceu o dia e ele havia perdido a eleição para Francisco Rollemberg. A outra vaga de senador foi ocupada por Lourival Batista. Este ano, de forma igual, Gorette Reis comemorou a vitória. Fez carreata e brindou, com alegria, a ascensão política. Dormiu tranqüila e sonhou até discursando, agradecendo os votos recebidos. Amanheceu o dia e não estava eleita. Perdeu a vaga nas continhas finais do TRE para Garibalde Mendonça.

Lulinha, paz e amor
Uma bela jovem, igualmente a tantas que estão a desfilar por esta coluna, trajava uma provocante minissaia e acima do joelho havia feito uma tatuagem com o rosto do candidato do PSB à Presidência da República, Anthony Garotinho. Um atrevido adolescente fez rasgados elogios à tatuagem e pediu à moça licença para beijar aquela parte do corpo dela. Ganhou a permissão. A mocinha estava de pernas cruzadas e ao retirar uma sobre a outra causou espanto ao rapaz, que descobriu que ela estava com uma outra tatuagem, justamente a do seu candidato a presidente, o Lulinha. Petista ferrenho mesmo com todo desejo de mais um, teve que se contentar com o beijo que deu na tatuagem do Garotinho.

Vermelhou a confraria
Agora ficou mais fácil identificar os pontos de parada do jornalista Cleomar Brandi para suas boas e velhas rodadas de conhaque na orla de Aracaju. É que em todos os bares onde chega, sem cerimônia alguma, trata logo de fincar uma imensa bandeira vermelha com a estrela do Partido dos Trabalhadores bem ao lado de sua mesa. Não há quem não enxergue, pois tem sido assim no Pastelão, no Preamar e vários outros. É a festa da democracia puxada por um autêntico Brandy.


Por Osmário Santos
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