Susana diz que vontade política é essencial para administrar a capital
27/09/2004


O chat com a candidata à Prefeitura de Aracaju, Susana Azevedo (PPS) – coligação ‘Tempo Novo na Política’ -, na manhã desta segunda-feira, dia 27, foi disputado. Dezenas de internautas participaram da conversa enviando suas dúvidas e sugestões. O bate-papo com Susana foi o último previsto para este primeiro turno, antes das eleições do próximo domingo, dia 3 de outubro.

 

Logo de cara a candidata começou a falar sobre um assunto que tem rendido neste pleito: a rede de saúde pública do município. “Para se ter uma idéia, o último censo coloca Aracaju com 480 mil habitantes. Desses 480 mil, 100 mil são atendidos pelo Ipes em Aracaju e mais 100 mil são atendidos pelos planos particulares. Sobram, então, 280 mil para serem atendidos pelo município de Aracaju. São R$ 14 milhões. O Ipes sobrevive com R$ 3 milhões. O que precisa ser feito para mudar?”, questionou.

 

A deputada também explicou a colocação de que o atual prefeito, Marcelo Déda, acende uma vela para Deus e outra para o Diabo. “O prefeito Marcelo Déda posa de bom moço em Aracaju quando o PT nacional taxa os inativos, luta para não aumentar o salário mínimo nacional, luta pela transposição do São Francisco, que é o grande projeto do PT para 2005. Você já viu ele se pronunciar sobre alguns desses temas? Ele foge de todos os jornalistas para não dar a sua opinião sobre essas e outras questões que colocam em xeque as condições das bandeiras de luta entre o velho e o novo PT”, acusou.

 

A candidata também teve que responder a uma pergunta apimentada da jornalista Kátia Santana. “A senhora sai da eleição, pelo visto, com o ônus de ser a ‘candidata do governo’. Como é que fica essa relação com o governador João Alves Filho após o pleito?”. Susana não se fez de rogada. “Quem conhece Susana Azevedo sabe da minha independência, da minha coragem, até porque nessa eleição vários homens se acovardaram, fugindo da disputa. Continuarei com o mesmo perfil até porque todas as eleições que disputei, só devo a duas pessoas: a Deus e ao povo”, rebateu.

 

Após o bate-papo, os jornalistas e a candidata deram suas opiniões sobre a experiência. “É uma experiência nova e importante que possibilita a oportunidade de se interagir com os candidatos e cidadãos. É uma iniciativa louvável que contribui bastante para o processo eleitoral, afinal é um veículo de ligação direta entre candidatos e cidadãos”, analisou a jornalista Kátia Santana, repórter de Política do Jornal da Cidade.

 

“Acho esta situação bastante evolutiva. A medida que o tempo passa e surgem novas tecnologias, o ser humano deve acompanhá-las e tentar inseri-las no seu cotidiano. Acredito que um chat durante as eleições é uma iniciativa dessa natureza, pois através dessa mídia inovadora ele coloca os candidatos à disposição dos internautas. A InfoNet está de parabéns por essa idéia brilhante”, afirmou o jornalista João Evangelista, que escreve, além da InfoNet, para a Revista Perfil e Jornal ‘O Povão’.

 

“Essa é uma experiência e empolgante em termos de comunicação. Não tenho dúvida que a Internet é a comunicação do futuro”, avaliou o jornalista Carlos França, apresentador da TV Caju. Para Susana a conversa com os internautas foi positiva. “Nunca participei de um chat. Essa foi uma experiência valiosa e maravilhosa, até por causa da rapidez e o fato de podermos nos comunicar e interagir com várias pessoas ao mesmo tempo. Acho que este é um instrumento válido para atingir meus eleitores, pois minha página tem cerca de 500 a 600 acessos diários”, explicou a candidata.