Déda questiona se "a política justifica tudo"
27/08/2004


O candidato à Prefeitura Municipal de Aracaju – PMA – e atual prefeito, Marcelo Déda, disse que pesquisa não é garantia de vitórias, teve um mandato extremamente produtivo, não entende alguns ataques de políticos sergipanos e ainda não fez tudo o que gostaria de ter feito pela cidade.

 

Marcelo Déda explicou que fica feliz quando vê os resultados positivos das pesquisas e partilha do carinho e da generosidade da população, porém, faz tudo isso “sem tirar a cabeça do lugar”. Para o prefeito, a pesquisa é importante e oferece um retrato da situação atual, “mas não é de forma alguma resultado de vitória antecipada porque não existe esse tipo de vitória em política. Apenas o nosso trabalho pode ser garantia disso”.

 

O candidato acha que os cerca de quatro anos em que está à frente da PMA foram muito produtivos, mas não suficientes para realizar tudo o que gostaria. Caso seja reeleito, Déda disse querer continuar o seu projeto administrativo. “Conseguimos organizar muita coisa em nosso mandato, como o Samu, o pagamento de dívidas de administrações passadas, obras etc; mas ainda há muito a fazer. Claro que eu tenho erros e meu nome não é São Marcelo, entretanto, queremos continuar o que já vem sendo feito e dar saltos de qualidade”.

 

Um outro assunto tocado pelo atual prefeito é a questão do processo licitatório do transporte coletivo municipal. O administrador diz respeitar os empresários, porém, não admite que eles estabeleçam a linha de ação do município. Déda falou que já tem pronto o projeto do processo licitatório, mas está apenas avaliando se deve enviar o projeto para a Câmara agora, ou posteriormente à eleição.

 

Outra questão levantada por Marcelo Déda é em relação ao Santa Maria. “A Terra Dura sempre foi vista como motivo de dor de cabeça para os políticos. O bairro é composto por vários conjuntos, loteamentos e invasões”, explicou. Déda deu como exemplo a construção do conjunto Padre Pedro: a obra foi construída pelo Estado, e entregue sem um cano ou equipamento urbano. O Estado faz e entrega o problema à Prefeitura. O prefeito, sozinho, não tem como resolver tudo, mas mesmo sem recursos, o que nós fizemos foi criar um programa de proteção social, um deles, o Recriando Caminhos”.

 

O prefeito foi questionado sobre o que pensa a respeito das críticas de vários deputados e outros políticos em relação ao envio de verbas do Governo Federal à PMA. Segundo ele, “eu não fico triste nem preocupado quando aparece um deputado do Tocantins reclamando que vêm mais recursos para Aracaju do que para o Estado dele, mas quando vejo parlamentares sergipanos reclamando que vem dinheiro para Aracaju, eu fico pensando, ‘- Meu Deus, será que a política justifica tudo?’. Para conseguir recursos em Brasília é preciso bons projetos e credibilidade, e, sem falsa modéstia, eu consegui isso após seis anos de atuação”.