Candidata do PSTU fala sobre seu programa de governo
19/08/2004


"O sistema capitalista é tão cruel que ao tirar o trabalhador do mercado de trabalho ele não existe. Os patrões condenam o proletário à morte quando o demite porque se ele vive numa sociedade calcada no poder de compra e não tem emprego, tende a morrer". As palavras da candidata Vera Lúcia demonstram um dos nortes de seu programa de governo à Prefeitura Municipal de Aracaju - PMA.

 

Para a candidata à PMA, o tempo disponibilizado ao PSTU no horário Eleitoral retrata bem a “democracia burguesa”. Vera explicou que possui um programa de governo voltado somente para a classe trabalhadora e que o PSTU é o único partido, hoje, voltado exclusivamente para essa classe.

 

“Tomamos a decisão de sair sozinhos desde o começo porque os partidos que aí estão se adequaram ao regime burguês. Entendemos que existem duas classes sociais e desde o nascimento do PSTU, optamos por trabalhar com a classe trabalhadora”, disse a candidata.

 

Segundo Vera, nenhuma das perdas salariais dos trabalhadores foi revista com a entrada de Lula. A candidata pensa que a eleição não resolve problemas e que eles só foram agravados e intensificados. “Nós não podemos resolver nossos problemas se o Governo continuar mandando dinheiro para os banqueiros, optando por pagar a dívida externa e cumprindo o que o FMI determina”, explica.

 

Quanto ao atual prefeito, Lúcia diz que Déda segue cumprindo as leis de responsabilidade fiscal e as obras que são feitas são apenas de fachada. “A vida do aracajuano não mudou. Aracaju não é uma cidade para todos, mas para alguns”, relatou.

 

“Sermos taxados de radicais não é um desaforo, é uma constatação. Nós entendemos os problemas de nossa classe a partir da raiz. Não rebaixamos nosso programa, mantivemos o programa de forma a garantir nossas necessidades e as necessidades dos trabalhadores. Temos uma campanha pobre como são pobres os trabalhadores da cidade. Como se pode resolver o problema do proletariado com uma campanha financiada por empresários?”, questionou Vera.