Alckmin fala dos projetos de governo
14/07/2006


Intensificar o turismo e diminuir a pobreza na área rural serão os projetos prioritários de governo, caso Geraldo Alckmin (PSDB) seja eleito presidente da República. Foi com estas afirmações que o candidato iniciou a coletiva à imprensa no início desta tarde, quando desceu no aeroporto Santa Maria, em Aracaju.

Em Sergipe pela quarta vez, o presidenciável disse estar feliz em lançar sua candidatura à presidência com uma aliança alicerçada em níveis federal e estadual, contando com o PSDB e PFL, entre outros partidos.

De acordo com ele, o Turismo será prioridade em seu governo. Por Sergipe ser um Estado que tem um grande potencial nesta área, também será beneficiado. “Tirar do papel o Prodetur II, financiamento do BID para o Nordeste brasileiro e outras regiões do país serão as primeiras providências. É necessário também priorizar a questão da infra-estrutura e do saneamento básico”, enumera.

Para que tenha grandes mudanças no turismo, Alckmin comenta que serão feitos investimentos em recursos humanos e capacitação profissional. “O turismo irriga a economia, tem mão de obra intensiva, ajuda a questão da cultura, une as pessoas e integra o Brasil”, diz.

Ao falar da capital, o candidato lembrou das obras de duplicação da BR-101 que foram retomadas. “Daremos velocidade à obra de duplicação da pista que está andando a passos de tartarugas e também recuperaremos a capacidade de investimento do governo”, promete.

O segundo projeto que destacou foi a preocupação com a pobreza na área rural. Geraldo Alckmin disse que o seu governo irá trabalhar na área do semi-árido e em toda a região rural. “É necessário investir recursos próprios do Governo Federal, Banco Mundial, dos bancos de investimentos e parceria com os nossos Estados para melhorar a renda dos pequenos agricultores, diminuindo assim a pobreza”, alega ele, acrescentando que as prioridades serão água, eletrificação rural, programa de biodiesel, fruticultura irrigada e apoio ao agricultor.

Segurança Pública
Em relação à Segurança Pública do Estado de São Paulo, o candidato informou que os índices para avaliar a segurança vêm diminuindo nos últimos seis anos. “De 11.800 em 1999 diminuíram para cerca de sete mil em 2005. Para isto, foi feito um grande esforço para se tirar bandidos das ruas. Temos 143 mil presos no Estado. Ampliamos muito o sistema penitenciário, construindo 80 penitenciárias, das quais três são de segurança máxima. E é claro que existe um problema penitenciário e o Governo do Estado tem uma posição dura. A violência é uma reação do crime pelas lideranças que estão presas”, explica.

Transposição do rio São Francisco
Segundo o candidato, a transposição do rio São Francisco não é tecnicamente incorreta, mas ele entende que a primeira tarefa a ser feita é a revitalização. “Recuperar matas ciliares, fazer tratamento de esgoto, reassoreamento e recuperar o rio São Francisco. E depois terminar obras paradas que não estão funcionando em termos de irrigação por pequenos volumes de dinheiro. Açudes e barragens que estão prontos, mas que não estão sendo usados para fazer irrigação porque não completou a obra”, diz.

Coligações
Geraldo Alckmin relatou que no Brasil não existe um quadro bipartidário, mas pluripartidário. Sendo assim, existe a necessidade de fazer alianças para ganhar a eleição e assim governar. "Trabalhamos muito pela aliança. Fizemos uma aliança em torno de um projeto nacional. Isto vai nos dar maior tempo de televisão. Não foi fácil fazer coligação. Meu adversário Lula, mesmo com a máquina do governo está praticamente isolado com o PCdoB e PRB. Nós fizemos a aliança de dois grandes partidos e estamos recebendo outros apoios como grande parte do PMDB", diz.

Por Raquel Almeida