Campanha ao Governo custará R$ 12,5 milhões
10/07/2006


Os seis candidatos ao Governo do Estado apresentaram junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) uma previsão de gasto que beira a casa dos R$ 12,5 milhões. Levado em conta o que foi gasto na campanha de 2002, cuja soma, segundo dados colhidos junto à justiça eleitoral, girou em torno de R$ 5 milhões e a proibição na realização de showmícios e outras atividades de alto custo na campanha deste ano, é de se concluir que a previsão de gastos dos candidatos para este ano está bem acima da realidade ou revelam que em 2002 existiu o condenável caixa dois. 

Para eleger-se em 2002, o governador João Alves Filho (PFL), declarou no TRE ter gastado R$ 2,2 milhões, hoje a previsão é gastar R$ 4 milhões para tentar a reeleição. O candidato do PT, Marcelo Déda, está prevendo gastar R$ 5 milhões, quando o candidato do PT em 2002, Zé Eduardo Dutra, declarou ter gastado pouco mais de R$ 800 mil na campanha.

O postulante ao governo pelo PDT, João Fontes, está prevendo despesas na ordem de R$ 1 milhão, o candidato do PSDC, Adelson Alves, vai gastar R$ 2 milhões, enquanto os candidatos do PSTU, Stoessel Chagas e o do PCB, Milton Neto, prevêem gastos na ordem de R$ 400 mil (100 e 300 – respectivamente). 

Nestes números não estão computados os valores a serem gastos pelos candidatos ao Senado por cada coligação e nem os gastos dos candidatos a deputados federal e estadual. Como se pode ver, a proibição de uso de artistas, out-door e outros instrumentos de campanha pela lei 11.300, não parece ter surtido o efeito desejado. 

Por José Araújo