Os esforços do governador João Alves Filho (PFL) para ver instalada uma CPI na Câmara Municipal de Aracaju, a fim de apurar a contratação de shows na inauguração de obras pela Prefeitura de Aracaju à véspera da despedida do ex-prefeito Marcelo Déda (PT), não alcançou o objetivo. Por 10 votos contra 08, os vereadores decidiram rejeitar o requerimento de instalação da CPI apresentado pelo líder do PFL, Vinicius Porto, enquanto um deles votou em branco. No entanto, o líder pefelista já anunciou que irá recorrer à justiça para ver a CPI criada. “Se não obtiver êxito aqui (na votação) vou ingressar com ação na justiça”, anunciou horas antes da votação, Vinicius Porto.

Já o líder do prefeito, vereador Emanuel Nascimento, atribui o desejo da oposição em criar uma CPI para apurar contração de shows à proximidade do processo eleitoral.  “Talvez Aracaju seja a única cidade do país onde a contratação de shows esteja sendo objeto de proposta de uma CPI. Porque pelo que todos sabem todos os governos contratam shows e outras atividades culturais, mais nenhum deles está sendo investigado por isso. Por que só aqui? Isso se deve ao fato do ex-prefeito Marcelo Déda ser candidato ao Governo do Estado”, sustentou.

Por sua vez o vereador Daniel Fortes (PSC), que integra a bancada de oposição “independente”, disse que se a Câmara realmente desejar apurar a contratação de shows é só se debruçar sobre os documentos enviados pela Prefeitura ao Legislativo em atendimento a requerimento de sua autoria. “No mais, o objetivo dessa CPI é desgastar o Poder Legislativo Municipal”, argumentou ao anunciar seu voto contrário à CPI.