A Executiva Estadual do PDT se reuniu a pedido de todos os candidatos do partido a deputado estadual, federal e o candidato ao Senado, Nilton Vieira Lima, e decidiu destituir o vereador Fábio Henrique da Presidência do diretório municipal do partido em Aracaju. Além dele, Antônio Samarone foi destituído do cargo de secretário-geral do diretório estadual da sigla.

A medida foi tomada em virtude dos posicionamentos políticos que vinham sendo adotados pelos dois filiados há algumas semanas. Na semana passada, durante pronunciamento na Câmara de Vereadores, Fábio Henrique anunciou que o PDT de Aracaju, a partir daquele momento, estaria fazendo parte da bancada de sustentação do prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB). Ele também oficializou seu apoio à candidatura de Marcelo Déda (PT) ao governo de Sergipe, contrariando o projeto político do seu partido, que tem como candidato o deputado federal João Fontes.

De forma unânime, a direção estadual decidiu pela saída de Fábio Henrique, que em nenhum momento procurou o PDT para anunciar os referidos apoios. Os candidatos a deputado estadual do PDT também ingressaram com ações na Justiça solicitando direito de resposta no programa apresentado pelo radialista.

Direito de resposta

Logo que desistiu de disputar a eleição para a Assembléia Legislativa, Fábio Henrique passou a fazer comentários depreciativos, desqualificando os ex-companheiros de chapa e direcionando o voto dos ouvintes para outros candidatos apoiados por ele, o que ocasionou prejuízo para os pedetistas. Eles esperam obter na Justiça o mesmo espaço no programa de rádio para mostrar que não procedem as desculpas apresentadas por Fábio Henrique para justificar sua desistência.

O presidente estadual do partido, João Fontes, lamentou o fato envolvendo Fábio Henrique, mas disse que o PDT não poderia deixar de tomar uma medida dura em relação ao que aconteceu. "Enquanto a sociedade exige dos seus políticos uma postura ética, Fábio Henrique age na contramão da história e, de forma inexplicável, desiste do projeto da mudança com coragem para se aliar àqueles candidatos que representam o poder econômico e as oligarquias de Sergipe. É uma atitude que merece descrédito da população, mas, que no futuro, os reais motivos serão conhecidos", afirma Fontes.