Senador conclama insulina mais barata
06/08/2008


Senador Valadares
O senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) foi à tribuna hoje, 6, conclamar o Ministério da Saúde a posicionar-se rapidamente sobre os efeitos de uma nova insulina produzida no Brasil, que poderá baratear os custos do produto para milhares de diabéticos dependentes deste hormônio. Valadares considerou fundamental o posicionamento transparente do Ministério, lembrando que oligopólios da indústria farmacêutica já fizeram campanhas em outros países contra ações de governo, que priorizam a saúde pública contra o mercantilismo.

De acordo com Valadares, entidades representativas de pacientes com diabetes, como a Federação Nacional de Associações e Entidades de Diabetes (FENAD) e a Rede Nacional de Pessoas com Diabetes (RNPD), além de alguns profissionais de saúde, começaram a levantar dúvidas quanto à qualidade da insulina produzida no Brasil pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos, vinculado à Fiocruz, conhecido como “Farmaguinhos”.

“Portanto, é necessário que o Ministério da Saúde coloque um ponto final nessa questão sobre a qualidade da insulina produzida no Brasil com tecnologia da Ucrânia, com um esclarecimento objetivo a todos os usuários do serviço de saúde pública a respeito, por exemplo, do prazo de validade dessa insulina e seu registro no Brasil. Ainda é necessário que o Ministério seja transparente sobre o acompanhamento dos efeitos do produto na saúde dos brasileiros com diabetes”, frisou o senador.

O Brasil firmou há algum tempo contrato com a Ucrânia para compra de tecnologia na produção de insulina NPH, para não ficar na dependência de dois ou três fabricantes, que praticavam preços elevados. A princípio a parceria supriu 30% das demandas internas e agora é mantida em 70%, fazendo com que os  preços tenham  caído substancialmente.O diretor do “Farmaguinhos”, Edudardo Costa, afirmou que o produto está sendo registrado no Brasil e permitirá uma economia aos cofres públicos, em quatro anos, da ordem de R$ 300 milhões e, em 15 anos, de R$ 1,2 bilhão.