Chegou à mesa dos deputados estaduais, na semana passada, um projeto de lei enviado pelo governador, dr. Marcelo Deda, solicitando autorização do parlamento para contrair empréstimo de até R$ 270 milhões junto ao BNDES. Até aí, nada de anormal, já que o dinheiro, segundo Sua Excelência, servirá para tocar projetos ligados ao Plano de Desenvolvimento Territorial e Participativo de Sergipe.

No entanto, atenta a todos os passos do atual governo, a pequena e barulhenta oposição na Assembléia Legislativa já pensa em contestar a idéia do empréstimo, alegando que o Estado estaria com os cofres abarrotados de dinheiro. “Pelo que sei, são quase R$ 1 bilhão guardados nos cofres da Secretaria da Fazenda. E eu acho que o povo elegeu Marcelo Deda foi para governar, e não tentar ser gerente de caderneta de poupança”, queixa-se o líder da oposição, deputado Venâncio Fonseca (PP). “Esse governo precisa é começar a trabalhar”, fustiga o aliado do dr. João.

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E mesmo com os protestos agendados, que poderão render bons debates entre situação e oposição, o projeto do empréstimo junto ao BNDES será colocado na pauta de votação desta semana. Isso porque Sua Excelência, o dr. Deda, pretende começar 2009, seu terceiro de governo, viabilizando o tal Plano de Desenvolvimento Territorial e Participativo elaborado pela equipe da secretaria de Planejamento, Lúcia Falcon. Mas, peraí, para onde irão mesmo os R$ 270 milhões pleiteados pelo governo? Segundo o projeto de lei que pede a autorização para o empréstimo, a dinheirama servirá para construir pontes, estradas intermunicipais, escolas profissionalizantes, casas populares e outras coisas mais, já que o plano de Lúcia Falcon divide o Estado de Sergipe em oito regiões, sendo que todas serão contempladas com as ações. Então é isso. Mas será que a oposição ficará convencida?

Por Ivan Valença