Deputado estadual Venâncio Fonseca

Ainda não está definido se a eleição para a mesa diretora da Assembléia Legislativa será antecipada para o mês de dezembro. O deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), da oposição, já demonstrou ser contrário a essa decisão, argumentando que caso ela seja tomada, a mesa e os seus integrantes estariam legislando em causa própria.

Outro argumento utilizado por Venâncio Fonseca diz respeito à necessidade de se levar em conta o voto dos dois deputados estaduais que assumirão cadeira na AL/SE a partir de janeiro: Gorette Reis e Pastor Antônio. Caso a eleição seja antecipada eles não poderão votar e nem se candidatar.

O deputado estadual André Moura (PSC), que exerce o cargo de 1º secretário, argumentou que essa é uma decisão que exige tempo e cautela, enfatizando que a discussão está apenas começando. Ele argumentou que uma possível antecipação do pleito evitararia uma quebra de continuidade.

“Essa medida está sendo adotada em todo o país. Caso a mesa atual seja eleita ela poderá continuar com seus projetos, caso contrário , terá tempo suficiente de deixar tudo encaminhado e arrumado para a próxima gestão”, comentou.

Deputado estadual André Moura

Com relação aos novos deputados que assumirão a partir de janeiro, André Moura falou que os dois já demonstraram que são contrários à antecipação. “Existe todo um procedimento a ser adotado. Primeiro vamos conversar com meu partido, que tem maioria na casa, com seis deputados, para resolver ”, disse, lembrando que o PSC já sinalizou que pretende ter um candidato para o cargo a presidente da Mesa Diretora.

Para que a eleição possa ser antecipada é necessário que seja encaminhado um requerimento ao Pleno da AL, o que só pode ocorrer caso oito deputados assinem concordando. Após essa etapa o requerimento entra em votação na casa e precisa de maioria simples, ou seja, 50% mais um dos votos para ser aprovado.

Por Letícia Telles