Eleitor denuncia que não pôde votar
05/10/2008


Othon Cardoso
Othon Cardoso de Melo Neto, eleitor da seção 93 da Escola Parque, procurou o Portal Infonet para denunciar que não conseguiu votar neste domingo, 5. Quando chegou à sua seção e assinou o documento que comprova sua presença no pleito foi informado que o seu voto já havia sido computado.

“Achei estranho, porque estava sem o título eleitoral. E ao questionar as pessoas que pudessem me orientar para votar, pois eu estava com minha identificação com foto, eles já sabiam meu nome. E ao assinar os protocolos antes da votação, o mesário falou que já havia registro de votado”, conta. Ele disse que ficou admirado e vai procurar todas as instâncias para apurar o caso.

Conforme relata Othon Cardoso, as pessoas envolvidas com a seção eleitoral alegam que foi erro humano e que o máximo que poderiam fazer era um pedido de desculpas. Explicaram ao jovem que seria protocolado em ata e emitindo ao cartório eleitoral um parecer de liberado, deixando-o quite com a Justiça Eleitoral.

“Não me conformo porque tive que ficar dois meses ouvindo os carros de sons desses ‘políticos’ e na hora que quero expressar meu poder de voto, recebo desculpas”, lamenta.

Erro humano

A juíza eleitoral Patrícia Almeida da 36ª zona, que acompanhou o caso, confirma e diz que não pode fazer muita coisa. "A única coisa que posso fazer é pedir mil desculpas porque, acredito eu, não foi por dolo [intencional]. Foi erro humano. Os mesários trocaram os números e deu a vez de um eleitor, a outro. As pessoas falham e não há como consertar. Infelizmente aconteceu”, explica ela, dizendo que este não foi o único caso, somente de seu conhecimento oito pessoas passaram por esse mesmo problema.

A juíza ressalta que o fato aocnteceu porque os mesários erraram o protocolo. Ela diz que no caderno de assinaturas os números são próximos uns dos outros e que , por conta disso, é pedido o máximo de atenção, dos mesários. "Mas não se pode pedir muito, já que eles estão exercendo aquela função de forma gratuita", diz ela. A juíza acrescenta que o mesário é orientado a observar o título do eleitor e não o caderno de votação para não ter esse tipo de problema. "No caso dele, ele estava sem o título. Realmente, não posso orientar em nada para que ele tome providências”.