Último debate não teve novidades
03/10/2008


No último debate antes das eleições 2008, realizado pela Tv Sergipe na noite de ontem, 2, mais uma vez o horário reservado à apresentação de propostas foi utilizado para troca de acusações. O prefeito Edvaldo Nogueira, que é candidato à reeleição, dessa vez compareceu, e novamente foi o principal alvo dos seus concorrentes, que basearam seus questionamentos nas realizações da prefeitura de Aracaju nos últimos oito anos.

Apesar de voltarem a várias propostas que já tinham sido expostas nos dois debates anteriores, o da Tv Sergipe trouxe também as acusações de corrupção, de desvio de recursos e até um Edvaldo Nogueira mais ofensivo. No primeiro bloco, com tema previamente sorteado, foram abordados o esporte, a cultura e lazer, transporte, educação e habitação. De forma geral um bloco sem novidades

No segundo, de temas livres, Almeida Lima acusou o candidato Edvaldo Nogueira de desvio de recursos e de responder a processos no Tribunal de Contas, além de juntamente com Mendonça Prado, falar dos índices de violência da cidade. Vale a pena ressaltar o momento em que Edvaldo Nogueira ressaltou que existe um acordão entre todos para atacá-lo, na tentativa de justificar ao telespectador porque ele estava sendo o alvo.

Edvaldo Nogueira pediu o direito de resposta mais de uma vez, tendo sido concedido apenas no caso em que Anderson Góis o acusou de passar 12 anos na universidade ocupando uma vaga do curso de medicina. Quando falou, o candidato afirmou que ficou apenas cinco anos e que não concluiu pelo seu desejo de entrar na política.

No terceiro bloco os temas giraram em torno do meio ambiente, turismo, saúde, trânsito e rede de esgoto. No seguinte o ponto alto girou em torno da discussão entre Mendonça Prado e Edvaldo Nogueira com relação ao recurso de R$ 7 milhões que deveriam ter sido utilizados para a construção de uma ponte que ligaria o Inácio Barbosa ao Augusto Franco. O prefeito se defendeu afirmando que de fato o dinheiro foi recebido, mas que o projeto, que custará R$ 31 milhões, já está em fase de edital.

Nesse bloco também chamou a atenção o bate boca entre Anderson Góis e Vera Lúcia sobre a estatização do transporte e as raízes comunistas do candidato do PCB, acusado pela candidata do PSTU de trair suas origens. Embora o tema não seja novo, já que Vera Lúcia vem tratando dele em sucessivos debates, a discussão em torno da Lei de Responsabilidade Fiscal e seu cumprimento ou não, propiciou ao candidato comunista responder o assunto de forma clara, o que ainda não tinha acontecido.

No último bloco, dedicado às considerações finais, nenhuma novidade. Os concorrentes tinham um minuto para sustentar porque o eleitor aracajuano deveria votar nele, e nesse quesito, não inovaram.

Por Letícia Telles