A ausência do candidato que lidera as pesquisas eleitorais, sr. Edvaldo Nogueira, transformou o debate de ontem na Assembléia Legislativa quase que numa conversa entre amigos. Não houve novidades, a não ser quando, no segundo bloco, dois (Adiberto Souza e Rita Oliveira) dos cinco (Marcos Cardoso, Jozailton Lima e Raimundo Brito) jornalistas presentes tocaram os brios dos candidatos.

Rita, por exemplo, acusou o candidato do Partido Comunista, sr. Anderson Góis de ter reduzido a carga ideológica do seu programa. O candidato respondeu que informações desencontradas deste tipo encontram-se também na coluna da jornalista, acusando-o inclusive de estar ligado ao ex-governador João Alves Filho. Rita não gostou e pediu direito de resposta.

Adiberto perguntou ao candidato Almeida Lima como ele pretendia cuidar da saúde da família – “gatos, cachorros”, inclusive – se quando foi prefeito atrasava o recolhimento da Previdência Social. Almeida considerou a pergunta perniciosa e mal-educada, própria de quem sempre o critica na sua coluna pela Internet. Adiberto queria imediatamente um direito de resposta e não se conformou quando este lhe foi negado.

Perguntas pareciam combinadas

O mestre de cerimônia – um jornalista baiano; e ninguém entendeu porque importar um baiano quando temos tanta gente boa na cidade – não comprometeu o debate, que transcorreu, depois dos incidentes relatados acima, morno e sem graça. Nem mesmo as perguntas entre candidatos animou o debate. É que pareciam que eles tinham se combinado antes, servindo como gancho para que cada um se promovesse.

Do lado de fora da Assembléia, o telão não atraiu tanta gente como se esperava. De torcida organizada, daquelas que comparece se receber um trocado, só a do Senador Almeida Lima. Mas nem ao final do debate houve ânimo para muita comemoração. O próximo debate será amanhã, agora transmitido por televisão aberta, no caso, a TV Sergipe.

Por Ivan Valença