Candidatos trocam farpas e mostram poucas propostas
25/09/2008


A bancada de candidados foi distribuída por sorteio
Quem esperava que o primeiro embate direto entre os candidatos à prefeitura de Aracaju fosse um momento de maior esclarecimento sobre as propostas de campanha, decepcionou-se. O debate, promovido e veiculado pela TV Cidade, que aconteceu na noite de hoje, no Auditório do Banese, foi marcado por ataques e trocas de acusações entre os concorrentes Edvaldo Nogueira, Almeida Lima, Mendonça Prado, Anderson Góes e Vera Lúcia.

O debate foi dividido em seis blocos. Nos quatro primeiros, os candidatos responderam às perguntas da produção e fizeram perguntas entre si. No quinto e no sexto, responderam aos questionamentos previamente formulados por jornalistas convidados e fizeram as considerações finais, respectivamente. Dentre os temas discutidos: saúde, educação, transporte, plano diretor, turismo, dentre outros.

Como muitos apostavam, o candidato Edvaldo Nogueira (PC do B), foi quem mais recebeu críticas, sobretudo, por ter assumido o atual cargo de prefeito na condição de vice de Marcelo Déda, que deixou o posto para concorrer ao governo do Estado em 2006. Em meio às acusações, Edvaldo adotou uma postura comedida e enfatizou as ações frente à prefeitura, como a inauguração de escolas e postos de saúde, a construção do viaduto do DIA e a consolidação de uma política pública que, de acordo com ele, impulsionou o desenvolvimento da cidade, tornando Aracaju a capital com a melhor qualidade de vida do Brasil.

O candidato Almeida Lima (PMDB) manteve a estratégia de campanha, sob o argumento de que é preciso quebrar o monopólio do PT em Sergipe. Segundo ele, sua candidatura é uma opção para os cidadãos insatisfeitos com a atual gestão municipal e estadual.  Em convergência com a estratégia que adota desde o início da campanha eleitoral, Almeida apostou em dados comparativos entre sua administração entre os anos de 1996 e 1998, e, como argumento, citou a questão da epidemia de dengue e a falta de estrutura na saúde, na segurança e nos diversos segmentos que compõem a esfera pública.

O representante dos DEM, Mendonça Prado, também fez duras críticas ao governo municipal. De acordo com ele, a gestão do PC do B em Aracaju tem sido marcada pela ineficiência administrativa em todos os setores, e pela falta de ética – como exemplo, citou a aliança entre Edvaldo Nogueira e Albano Franco, que segundo ele, sempre estiveram em lados opostos. Mendonça também criticou a utilização dos parquímetros e apontou a ‘zona azul’ como solução para resolver os problemas de estacionamento no centro da cidade.

O candidato Anderson Góis (PCB) foi bastante firme nas perguntas e respostas e surpreendeu aos que esperavam por um comportamento apático e pouco expressivo. Assim como os outros concorrentes, fez severas ponderações à atual gestão, que, de acordo com ele, afastou-se dos princípios que legitimam a ideologia do partido comunista. Vera Lúcia, representante do PSTU, defendeu as idéias socialistas como forma de promover o desenvolvimento de Aracaju e acusou as últimas gestões de não valorizar os trabalhadores e a classe mais pobre da sociedade.

Por Letícia Telles