A INGLESA E O DUQUE

(L´Anglaise et le Duc). França, 2001. Direção e Roteiro de Eric Rohmer, a partir do romance “Ma Vie Sous la Revolution”, de Grande Elliot. Produção de Françoise Etchegaray. Diretor de Fotografia: Diane Baratier. Montagem de Mary Stephens. Música de Jean Louis Valero. 125m, livre. Cia. Produtora: Atalanta Filmes. Distr. no Brasil: Mais Filmes. Elenco: Lucy Russel, Jean Claude Dreyfus, François Marthouret, Leonardo Cobiant, Caroline Morin, Alain Libolt e Helene Dubiel.
Gênero: Drama histórico.

Sinopse – Grace Elliot é uma jovem aristocrata escocesa, que vive os perigos da Revolução Francesa e sua relação tempestuosa com Philippe, Duque de Orleans, defensor das idéias revolucionárias contra a nobreza, apesar de ser primo do Rei Luis XVI. Quanto mais os acontecimentos políticos se agravam, mais se torna complexo o relacionamento dos dois. Grande defensora da monarquia, Grace não é capaz de conciliar seus sentimentos com as escolhas políticas do duque, partidário da morte do monarca. Esse dilema complica a situação de Grace, que corre o risco de ser condenada a guilhotina, acusada de ser espiã da Inglaterra, grande inimiga da Revolução.

Apreciação – Até que enfim, o espectador sergipano vai tomar conhecimento com a obra de Eric Rohmer, ex-crítico de cinema do “Cahiers du Cinema” e considerado um dos melhores cineastas da França, embora seus filmes sejam para poucos iniciados na “nouvelle-vague”. Embora no Brasil tenha passado alguns filmes dele – como “Minha Noite Com Ela”, “O Joelho de Claire”, “A Marquesa D´O”, “Pauline na Praia”, “O Raio Verde”, e os Contos da “Primavera”, “Verão”, “Outono” e “Inverno” – praticamente nenhum chegou por aqui. É hora, portanto, de conhecer o trabalho intimista de Rohmer, cineasta que tem como peculiaridade, os diálogos sibilinos e cuidados especiais com a imagem. Neste filme, por exemplo, as telas de Jean Baptiste Marot foram digitalizadas e transformadas em cenários naturais do filme. Os atores, portanto, interpretam sobre um fundo falso. Esta é uma das raras vezes, também, que ele usa a cor – normalmente os filmes de Rohmer são fotografados em preto e branco.

Fique de Olho – Nos cuidados cenográficos do filme. Abordando um tema histórico, Rohmer caprichou na cenografia e na fotografia a cores. Mas, ele também é excelente diretor de atores. Exibido fora de competição no Festival de Veneza de 2001, “A Inglesa e o Duque” foi ali batizado como obra-prima. É o que deve ser, de fato.

Onde e Quando Ver
Programação válida de 10/09 a 16/09 

Shopping Riomar – Moviecom
Sala  3 – Sab, Dom.: 10:00

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