O AMOR É CEGO (Shadow Hal)

Os irmãos Farrelly – Peter e Bobby – estão no Brasil, mais exatamente no Rio de Janeiro, para a promoção de sua mais nova comédia, também uma comédia que apela um pouco para a baixaria. Não fossem eles, como se sabe, os reis do cinema escatológico. Quando estrearam com “Débi e Loide” já disseram a que viriam. Depois com “Quem Vai Ficar Com Mary?” apelaram mesmo. O último dos dois irmãos, “Eu, Eu Mesmo e Irene” explorou os mais baixos instintos. Neste novo filme estão mais comedidos, mas mesmo assim continuam bárbaros. Agora eles brincam com a obesidade. Hal Larsen, um sujeito de meia idade, termina quase sempre seus relacionamentos amorosos porque as jovens que gostam dele não são bonitas. Um guru de meia-tigela o hipnotiza para que, a partir daquele momento, ele só veja o lado interior das moças. Isso resulta nele se apaixonar por uma garota alegre, divertida, uma flor de pessoa – só que ela pesa, de fato, 150 quilos. Ele só a vê como uma jovem esguia. O que acontecerá quando se bater com a verdade? A revelação de “Alta Fidelidade”, Jack Black – aquele sujeito irreverente que vai descobrindo os segredos de John Cusack – é quem faz o papel de Hal. E a “gordinha” é justamente a magrela mais bonita de Hollywood, nestes dias em que se reverencia a anorexia. É Gwyneth Paltrow, como a gorda e a magra da história. Fazê-la gorda não deu muito trabalho – foi só seguir a receita aplicada em Eddie Murphy para “O Professor Aloprado”. Fique de Olho – Nas piadas politicamente incorretas dos irmãos Farrelly, principalmente quando ele detona os obesos.

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