(Il Gattopardo). Itália, 1963. Direção de Luchino Visconti. Roteiro de Suso Cecchi D´Amico, Pasquale Festa Campanile, Massimo Franciosa, Enrico Midioli e Visconti, baseado no romance de Giuseppe Tommaso de Lampedusa. Produção de Goffredo Lombardo. Direção de Fotografia: Giuseppe Rotunno. Diretor artístico: Mario Garbuglia. Vestuário de Piero Tosi. Música de Nino Rota. Livre, 186m. Cia. Produtora: Titanus/SNPC/SGC. Distr. original da 20th Century Fox. Distr. atual: Pandora Filmes. Elenco: Burt Lancaster, Claudia Cardinale, Alain Delon, Rina Morelli, Paolo Stoppa, Romolo Valli, Lucilia Moriacchi, Serge Reggiana, Ida Gali, Otavia Piccolo, Pierre Clementi, Carlo Valenzano, Annamaria Bottini, Mario Girotti, Leslie French, Olímpia Cavalo, Marino Mase, Sandra Christolin, Book Fuller, Giuliano Gemma, Ivo Garrani. Gênero: Épico histórico Sinopse – Na Itália de meados do século passado, quando Garibaldi trabalhava para unificar as províncias, um príncipe vê como uma ameaça a queda da aristocracia e a ascensão da burguesia. Temendo as mudanças que poderão ocorrer, o príncipe consegue arranjar o casamento de seu sobrinho com a bela filha de um rico proprietário de terras. Apreciação – Premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 1963, nem isso sensibilizou a distribuidora americana Fox a distribuir pelo mundo afora a obra-prima de Visconti do modo como ela a foi concebida. Para começo de conversa, a Fox copiou o filme (originalmente em Technirama e Tecnicolor) em Cinemascope e Cor de Luxe – este um processo cujas cores envelheciam com impressionante rapidez. Para descaracterizar a obra, a dublagem original foi alterada, conservando-se apenas em inglês a voz de Burt Lancaster (mas o próprio ator protestou contra o que os mercenários da Fox fizeram ao filme). Por fim, a Fox podou o filme em mais de meia-hora, que foi afinal a versão que passou no Brasil e em boa parte do mundo. Só em 1983, quando Visconti já tinha morrido (o que ocorreu em 1976) e a Fox já não se interessava pelos direitos da obra é que o seu original ganhou o mundo. É a versão que a Pandora importou para o Brasil há uns dois anos atrás. A Versátil lança, a partir do dia 15 próximo, uma versão em DVD caprichada, inclusive com um disco só de extras. Os admiradores de Visconti não só agradecem como prometem guardá-la para sempre. *** O livro de Giuseppe Tommasi (ou Tommaso) de Lampedusa foi publicado em 1958 e constituiu-se num dos acontecimentos literários da Itália naquele ano. Foi classificado, de imediato, como a melhor novela italiana do século. Lampedusa era um príncipe siciliano que descreveu, com inenarrável realismo a humilhação ao príncipe Fabrisio Salina. Este vem a ser o bisavô do autor, príncipe imponente que em 1860 reinava na Sicília. *** O filme é um dos trabalhos mais cuidados e bonitos do cineasta Luchino Visconti que, embora originário de família aristocrática, doou ao neorealismo os mais belos títulos daquele período, como “A Terra Treme” e “Belíssima”. Depois fez outra obra-prima inesquecível, “Rocco e Seus Irmãos”. Fique de Olho – Quando foi filmado, exteriores na Sicília e interiores em Roma, ainda não havia estourado os “spaghetti western” que rodaram o mundo apropriando-se do gênero americano por excelência. Por isso, no elenco de apoio, estão inúmeros atores jovens que criaram fama a partir de 1964. Estão lá: Giuliano Gemma e Mario Girotti (rebatizado de Terence Hill e conhecido no Brasil como Trinity), mais Ida Galli e Otavia Piccolo que fizeram os principais papéis femininos naqueles westerns. Atores clássicos, como Rina Morelli, Paolo Stoppa, Romolo Valli e Paolo Stoppa enriquecem o elenco de “O Leopardo”. Onde e Quando Ver Programação válida de 23/07 a 29/07 Shopping Riomar – Moviecom Sala 2 – Sábado e Domingo: 10:00