PICKPOCKET

(Pickpocket). França, 1959. Direção e Roteiro de Robert Bresson. Direção de Fotografia: L. H. Burel. Montagem de Raymond Lamy. Música de Jean Baptiste Lulli. Produção de Agnes Delahaie. Direção de arte: Pierre Charbonnier. Cia. Produtora: Delahaie. Distr. no Brasil, originalmente: Cia. Franco Brasileira e Áurea Filmes. Atualmente: Cinemateca Brasileira. 78 min, livre. Elenco: Martin Lassalle, Raymond Lamy, Marika Green, Jean Pelegri, Pierre Laymarie, Pierre Etaix e Dolly Scal

Sinopse – Num hipódromo, Michel resolve roubar dinheiro de uma bolsa. Executa o roubo com êxito, mas é apanhado pela polícia. Solto por falta de provas e, não obstante os conselhos do amigo Jacques e do inspetor de polícia que o observa, prossegue batendo carteiras. Une-se a dois outros ladrões, passando a executar os serviços junto com eles. Os dois são presos e Michel, depois da morte da mãe, resolve viajar. Retorna à Paris dois anos depois e encontra a amiga Jeanne com um filho de Jacques que se fora. É tentado a mais um golpe. É preso e descobre-se apaixonado pela moça.

Apreciação – Quinto filme na carreira de Robert Bresson. Depois de “As Damas do ‘Bois de Bolougne’” – que vimos a semana passada – ele fez apenas “Diário de um Padre de Aldeia”, em 1950, e “Um Condenado a Morte Escapou”, em 1956. Como se vê, Bresson não era de filmar muito e os seus, comparativamente aos de hoje, têm metragens curtas. O filme foi um fracasso de público, inclusive no Brasil, cujas exibições praticamente ficaram restritas ao Rio e São Paulo. Bresson não era de fazer concessões. Mas, como nos seus filmes anteriores, aqui estão “a linguagem provocante, orgulhosa, elegante, a ausência de drama ou de melodrama, um controle diabólico do diretor diante de cada gesto e cada olhar de seus atores”, conforme o crítico anônimo da “Veja”. A narrativa é seca e Bresson fez questão de ressaltar: este não é um filme policial. É um filme sobre o ser humano.

Fique de Olho – Na bela fotografia em preto e branco, de um mestre, L. H. Burel. E naturalmente no estilo introspectivo de Bresson.

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