Governo elabora projeto de combate à desertificação

(Foto: Vieira Neto)

Em reunião realizada na terça-feira, 3, o Governo do Estado, por meio das secretarias de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec) e do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), recebeu representantes do Ministério do Meio Ambiente e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), com objetivo de elaborar um amplo projeto de combate à desertificação e de contenção dos efeitos da seca em áreas ambientalmente vulneráveis de Sergipe.

Estado membro da Comissão Nacional de Combate a Desertificação e onde proporcionalmente se situam as maiores demandas socioambientais, Sergipe foi escolhido como piloto do projeto, considerado pioneiro no Brasil, e a intenção é de ampliá-lo para mais 11 Estados com áreas de desertificação.

O plano é um conjunto de ações governamentais e não-governamentais que valorizam a conscientização e estímulo das práticas sustentáveis no manejo da terra e vegetação nativa, visando a preservação socioambiental e a revitalização de áreas bastante agredidas.

Francisco Campelo, diretor do departamento de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente, ressaltou a escolha e os esforços de Sergipe para a elaboração do projeto. “O projeto se realiza no Estado de Sergipe por um conjunto de fatores que mostrou uma congregação de esforços institucionais, e por Sergipe ter áreas extremamente agredidas. É um Estado que tem um desafio enorme de atender uma demanda socioambiental com um contexto extremamente fragilizado – hoje o Estado tem apenas 11% de cobertura florestal, e em termos proporcionais é o que tem mais demanda para processos de reforma agrária”, afirmou.

Campelo ainda enumerou os desafios estratégicos para execução do plano: “Primeiro: estruturar uma ação de governo que possa trabalhar processos de licenciamento de forma adequada, processos de supervisão de fiscalização, que atendam essa realidade socioambiental e os instrumentos de crédito para favorecer as boas práticas; por outro lado, o outro componente do projeto vem sendo trabalhado para implementação dessas boas práticas, um sistema de extensão rural – seja governamental ou não-governamental devidamente qualificado”, afirma o diretor, que citou a última reunião da Comissão, realizada em Aracaju, para utilizar a experiência sergipana em âmbito nacional.

Representando a Semarh, o secretário Genival Nunes, reiterou a expectativa de que Sergipe seja referência nacional e regional nas ações de sustentabilidade, e os esforços para garantir a contrapartida e, por consequência, o aumento dos recursos. “Nós fomos à procura de mais mecanismos de sustentabilidade, e a ideia é que, com esses recursos (a princípio, de US$ 4 milhões, mas que podem se estender muito mais), Sergipe possa ser uma referência nacional, uma referência no Nordeste. Com uma contrapartida simples, que é da atuação do Estado, fica fácil você trabalhar esse recurso com algumas ações de sustentabilidade na região”, explicou.

Genival revelou também que o projeto foi aprovado no PNUD, e a reunião serviu para articular ações federais e estaduais, por meio dos trabalhos já desenvolvidos pela Sedetec, Sergipe Parque Tecnológico SergipeTec, Fundação de Apoio à Pesquisa e Inovação Tecnológica de Sergipe (Fapitec), Emdagro, dentre outros órgãos.

O secretário Saumíneo destacou que existe uma perfeita integração de ações entre a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, com a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hidrícos, na perspectiva de que os empreendimentos implantados em Sergipe sempre primem pela sustentabilidade ambiental. “Esta integração de ações no combate a desertificação no Estado de Sergipe irá permitir a potencialização do uso de recursos para a diversificação de atividades produtivas nos territórios sergipanos, objetos da ação do Programa das Nações Unidas. Assim, também iremos buscar parceiros externos que possam inserir recursos em projetos e ações que tenham sintonia com este objetivo”, esclareceu.

Participaram da reunião, membros do Ibama, Adema, do PNUD, da Emdagro, da Embrapa, do Ministério do Meio Ambiente, da Sedetec e da Semarh.

Fonte: Assessoria de Comunicação

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