Prefeitura alerta para maior conscientização no combate ao Aedes

Prefeitura de Aracaju alerta população para maior conscientização no combate ao Aedes aegypti (Foto: André Moreira)

Em meio à pandemia do novo coronavírus (covid-19), outro inimigo não invisível e bastante conhecido dos brasileiros, o mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya – continua em cena e ainda figurando entre os personagens protagonistas.

Com o início da primavera e a consequente elevação da temperatura até o fim do próximo verão, todos os cuidados precisam ser redobrados, já que o mosquito se prolifera justamente neste período de muito calor e de chuvas isoladas, podendo ocasionar um surto da doença.

Em Aracaju, de acordo com o último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), realizado  entre 31 de agosto e 4 de setembro, e divulgado esta semana pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o índice de infestação geral do mosquito foi de 1,4, considerado de médio risco para o aparecimento de surtos ou epidemias. Em relação ao último LIRAa, realizado em março, a capital apresentou a mesma classificação de risco, porém com uma queda no valor do índice de infestação de 12,5%.

E a história de saúde pública mostra que não se pode relaxar com as ações de conscientização e de combate ao mosquito, as quais devem ser realizadas por uma via de mão dupla, entre o Poder Público e a sociedade, já que as autoridades sanitárias têm evidências suficientes de que a maior concentração de focos do mosquito acontece nas residências, como explica o gerente de Programas de Controle do Mosquito Aedes aegypti, Jeferson Santana.

“Cerca de 88% dos focos do mosquito são encontrados dentro das casas das pessoas, não em terreno baldio, ou casas abandonadas, mas nas residências habitadas. O índice em Aracaju é de 1,4%, que colocou a capital na situação de médio risco de infestação. Nos leva a entender que, se as pessoas começarem um movimento e entenderem que têm criadouros dentro de casa, a gente vai conseguir baixar esse nível para índices aceitáveis. Cada cidadão precisa fazer uma  intervenção em seu próprio ambiente, porque já identificamos focos em copos descartáveis, plantas com água, até cadeira plástica que estava dentro de casa, depósitos que podem ser facilmente removíveis pelo cidadão. Não é uma ação isolada do Poder Público”, afirma Jeferson Santana.

Mobilizações

De acordo com o gerente do programa, mesmo com as adaptações por conta da pandemia, as equipes de agentes de endemias concluíram dois ciclos de visitas domiciliares, e registraram entre janeiro e agosto 454.217 domicílios. O trabalho na coleta de pneus também foi realizado nesse mesmo período e já recolheu 33.352 pneus na capital. O gerente diz ainda que, de janeiro a agosto foram realizados 24 mutirões, em 18 bairros da cidade. Nesses 24 mutirões já realizados foi possível inspecionar 11.538 imóveis e eliminar e/ou tratar 777 criadouros e depósitos.

Paralelo ao trabalho desenvolvido nos mutirões também acontece, semanalmente, o bloqueio de transmissão nas áreas com casos notificados, por meio da aplicação do UBV Costal (fumacê) nos quarteirões dos bairros. Nos primeiros oito meses do ano, 33 bairros da capital foram contemplados pela atividade, totalizando 1.744 quarteirões tratados, alcançando um total de 90.366 imóveis.

“A ação do poder público está acontecendo. Estamos fazendo mutirão, aplicando fumacê. Tudo que compete ao Município nós estamos fazendo. De segunda a quinta-feira fazemos aplicações de fumacê costal. Já os mutirões são realizados, em média, três vezes por mês. Mas falta a participação popular, que deve ser um trabalho em conjunto. Se depender muito do Município, que tem baixo efetivo, não vai se resolver. É preciso ter mais envolvimento da sociedade, do proprietário da casa”, enfatiza Jeferson, ao lembrar que, neste sábado, 26, haverá um mutirão no bairro Dom Luciano, na Zona Norte da capital.

“Neste sábado, inclusive, faremos um mutirão de combate ao Aedes no bairro Dom Luciano, com a participação de agentes comunitários de saúde e agentes de endemias, de equipes da Secretaria do Meio Ambiente, realizando conscientização nas casas, falando dos riscos ao contraírem a dengue, zika ou chikungunha. Nos mutirões, também fazemos a identificação de possíveis focos do mosquito”, enfatiza.

O gerente conclama, ainda, a população a não deixar água parada em casa. “Pedimos à população que não deixe água parada em casa. Até o final do verão estaremos com temperaturas altas e, como consequência, teremos um desenvolvimento mais rápido do Aedes. É importante que cada cidadão faça o seu papel”, reitera.

 

Fonte: SMS

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