Vertentes não aceitam aliança Belivaldo-Eliane e mostram racha no PT

Vertentes não aceitam aliança Belivaldo-Eliane e mostram racha no PT (Foto: Arquivo Infonet)

Se os rumores da pré-candidatura de Eliane Aquino a vice-governadora na chapa de Belivaldo Chagas (PSD) já mexiam com o clima dentro do Partido dos Trabalhadores (PT), a confirmação balançou ainda mais a relação entre algumas vertentes da sigla e pode ter provocado um racha.

Parte da legenda, que é mais à esquerda, defende candidaturas exclusivas, feitas em chapa única para concorrer a Governo e Senado. O sindicalista Rubens Marques, o professor ‘Dudu’, colocou seu nome à disposição como pré-candidato a governador e, por conta da intenção da direção do PT de apoiar a aliança Belivaldo-Eliane, protocolou um abaixo-assinado para realizar um plebiscito interno.

Em sua avaliação, ‘Dudu’ afirma que o diretório estadual, comandado por Rogério Carvalho, foi desrespeitoso. “Esse cenário está complicado para o PT. A maioria que dirige o partido foi desrespeitosa com a militância que defende candidatura própria, mas também com o estatuto. Colocamos 1.330 assinaturas no abaixo-assinado, mais do que 20% dos filiados. Eles tinham a obrigação de convocar o plebiscito e deixar a militância decidir, ou ela só serve para votar? A reunião ainda nem aconteceu e Eliane já fez declarações”, reclamou.

Mesmo com o anúncio da aliança, Rubens garante que continua como pré-candidato ao Governo. “Meu nome está mantido, assim como o do professor Joel para Senado. E se isso se continuar, eu mesmo não voto em Belivaldo, mesmo com Eliane lá. Não queremos ver o PT com candidatos que não têm nada a oferecer a Sergipe. Seria diferente se Eliane fosse a pré-candidata. Preferiram um caminho melhor para eles, e não para o partido. Se a direção não respeita o estatuto, não tem condições de cobrar nada”, disparou.

O presidente estadual da legenda, Rogério Carvalho, explicou que a definição sobre estratégias eleitorais são feitas pelo encontro de delegados. “Vamos seguir o que está no estatuto. É importante o que a articulação de esquerda fez, mobilizou a militância. É legítimo que as correntes tenham suas preferências e se apresentem. Isso é o PT. O que eu estranho é esse cerceamento que o professor Dudu tenta impor a outras correntes. Assim como ele fez, outras vertentes podem apresentar suas táticas eleitorais e nomes para o encontro do partido, no qual deve ser deve ser deliberado o caminho que vamos seguir definitivamente”, diz.

Rogério afirmou, ainda, que a situação não caracteriza um impasse. “Vivemos em um partido que tem suas instâncias, seus fóruns, como o encontro de delegados. O debate vai acontecer, as posições dos membros serão colocadas para apreciação e a maioria define o caminho. Ainda que não tenha uma posição que contemple 100%, a maioria deve prevalecer, como é na democracia”.

O encontro para definir o ‘destino’ do Partido dos Trabalhadores acontece no próximo domingo, 29, a partir das 9h, no Cotinguiba.

Por Victor Siqueira

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