Compositor sergipano é destaque nacional
16/06/2007


Beto Caju
O compositor é sempre a figura discreta: faz a música, mas quem recebe os 'louros' é a banda que gravou. Com o sergipano Beto Caju não é diferente. Ele sempre está entre os 20 primeiros no ranking nacional dos compositores mais gravados do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD). Beto conversou com o Portal Infonet sobre seus sucessos, bandas e o papel do compositor.

 

Portal Infonet - Quantas músicas e por quais bandas sua composições já foram gravadas?

Beto Caju - Tenho algo em torno de 500 músicas gravadas por vários artistas. Calypso gravou “A lua me traiu”, Calcinha Preta gravou “Mágica”, Araketu gravou “Carta Branca”, Kelly Key gravou “É chamego ou xaveco?”...

 

Infonet - Como você faz para emplacar tantos sucessos?

BC - Eu consegui achar uma fórmula que o público gosta. Quanto menos conteúdo, mais fácil para as pessoas assimilarem a música.

 

Infonet - Você não se incomoda em ver suas composições fazendo sucesso com cantores e as pessoas nem sabem quem compôs a música?

BC - Eu me mantenho neutro. Não me preocupo em aparecer. Não quero ser cantor. Mas para o compositor que quer ser cantor isso é péssimo. A única coisa que acho é que a imprensa local não valoriza o fato de ter um sergipano entre os mais gravados do país.

 

Infonet - Você oferece suas músicas ou as bandas te procuram?

BC - No começo eu ia atrás, levava minhas composições. Já cheguei a dormir em porta de estúdio e implorar que gravassem a minha composição de graça. Hoje, não. Agora eles me procuram e eu já sei como fazer. Chegam a me pagar um mês em hotel de luxo para eu compor dez músicas e eles escolherem três ou quatro.

 

Por Paloma Abdallah