Bailarinos dão show na primeira noite de Rosário

Quem vai aos shows de forró, normalmente presta atenção apenas nos vocalistas, pessoas que estão à frente ddas bandas. Entretanto, há um grupo sempre presente no placo, mas que, muitas vezes, passa despercebido por boa parte do público: os dançarinos.

Em média, eles têm uma permanência de duas horas no placo, o que muitas vezes pode se tornar desgastante. “Não sei como eles agüentam. Deve haver um acompanhamento todo especial para que eles possam superar tantas horas acordados e dançando”, disse a vendedora Gilda Freitas.

Chamado há duas semanas para coreografar o novo show da banda Calcinha Preta, Reginaldo Filho diz ser apaixonado pela dança desde criança. “Tudo começou muito cedo, ainda na época da escola. Sempre prestei muita atenção ao que os professores faziam na aula de teatro ou até mesmo nos intervalos e treinava em casa. Nunca fiz faculdade de Dança, até porque o tempo e a correria não deixam. No entanto, em cada viagem, sempre procuramos ver se há um workshop no assunto para aprimorarmos nossos conhecimentos”, disse o coreógrafo.

Reginaldo é o coreográfo do novo show da Calcinha Preta

Ele diz ainda que já praticou vários tipos de dança, tais como dança de salão, jazz, hip hop, e dança contemporânea. “Há sete anos, não vejo nada melhor do que colocar o corpo para dançar. Com a dança, todos os nosso sentidos se transformam e temos uma nova visão da arte”, completa.

Também dançarino desde a infância, Victor Romão explica que nunca fez faculdade, mas que sempre soube que queria ser bailarino. “Sempre achei bonito e interessante dançar. Sofri bastante preconceito porque a sociedade ainda crê que a dança é um ritual exclusivamente feminino, mas hoje estou bem com a minha profissão, pois estou plenamente realizado. Acho que as pessoas deveriam investir mais na dança e nas atividades corporais de forma geral”, disse Victor.

Por Jéssica Vieira