9ª Cavalgada do Aribé atrai mais de 5 mil participantes
08/06/2008


Cavaleiros desfilam pelas principais ruas e avenidas do Siqueira Campos
A tradicional Cavalgada do Aribé, realizada neste domingo, dia 8, no Bairro Siqueira Campos, em Aracaju, atraiu mais de cinco mil cavaleiros, além de pessoas que participam com carroças e charretes, vindas dos mais variados cantos de Sergipe, de Alagoas e da Bahia. O evento está em sua 9ª edição e já compõe o calendário oficial de festejos juninos da cidade.

 

Considerada a maior cavalgada do Estado de Sergipe, a festa começou oficialmente na noite de sábado, dia 7, com shows das bandas Mestiça Raiz, Xodó Calypso, Os Moreninhos do Nordeste e Atrevida, e público de aproximadamente 15 mil pessoas, segundo a organização do evento.

 

“O sucesso desta cavalgada é tanto que ela realmente merece estar no calendário de festas de Aracaju. O projeto de lei do vereador Emmanuel Nascimento foi aprovado e sancionado ainda na metade do ano passado”, destaca um dos idealizadores e realizador da cavalgada, Alcivan Menezes.

 

Cavaleiros e amazonas percorreram cerca de 12km. Após concentração na Praça da Leste até às 16h, os participantes seguiram por parte da Rua Santa Catarina até a Avenida Rio de Janeiro, seguindo pela Rua Guaporé, indo até a Rua de Pernambuco. Depois entraram na Alagoas, descendo até a Rua do Acre, passando pela Rua de Sergipe, pelo G. Barbosa Norte, saindo na Avenida Maranhão, e retornando à Praça da Leste.

 

Alcivam Menezes prepara o cavalo Príncipe para o desfile
A cavalgada contou com a presença folclórica dos Bacamarteiros do município de Japaratuba, que dispararam dezenas de tiros durante toda a festa. O evento contou ainda com o apoio da cavalaria montada da Polícia Militar, que disponibilizou dez policiais montados.

 

Três mini-trios acompanharam o desfile, sendo que dois deles levaram músicos. Leo & Lenilson soltaram a voz no forró e no sertanejo, e Preto e Nilson cantaram as músicas country. No retorno à praça, mais música. “Agora à noite começamos com a banda Esquema de Três, depois vem Loirinho do Acordeon. Em seguida, teremos a banda Cintura Fina, e depois, encerraremos com o Forró da Descarada, num enorme palco montado especialmente pra este evento", revela Menezes.

 

Origem da cavalaria

 

Alcivam Menezes recorda que tudo começou como uma brincadeira de cavaleiros. “Já no começo, tínhamos amigos dos mais diversos locais da cidade participando. Mas, ali no bairro Siqueira Campos, o seu Raul tinha um ponto onde negociava cavalos e isto pra gente era interessante. Antigamente o bairro era chamado de Aribé, então optamos pelo nome ‘Cavalgada do Aribé’”, conta.

 

De acordo com ele, o início de tudo foi na rua Pernambuco com Guaporé. Como o número de participantes foi aumentando, e também por uma questão de segurança, tiveram de mudar o local da concentração. “Acabamos achando por bem vir aqui para a Praça da Leste – formalmente conhecida como a Praça dos Expedicionários, que faz parte do acervo cultural e histórico da cidade”, explica ele.

 

Evandro Modesto é um dos organizadores do evento
“Com o advento das máquinas, principalmente das motocicletas, o cavalo deixou de ser aquele instrumento de trabalho, de tração animal, para tornar-se mais um instrumento de lazer. É uma terapia muito gostosa, deixa as pessoas bem light e desestressadas”, fala ainda Alcivam Menezes.

 

Ao seu lado, também dividem a organização do evento Evandro Modesto e João Mancinho. “Meu interesse por cavalos surgiu já na infância. Hoje, aos 60 anos, 40 vividos no bairro Siqueira Campos, vejo a cavalgada e todas as demais atividades relacionadas com cavalos como um esporte saudável. Pra mim é uma terapia. Me faz lembrar de quando eu ia buscar gado com meu pai no interior. Meu cavalo ‘Galante’ já me acompanha há 20 anos”, diz Evandro Modesto.

 

Por Adriana Sangalli