Forrozeiros e comerciantes apostam na tradição das roupas típicas
06/06/2008


Bernadete aposta na tradição
Os festejos juninos já começaram, é hora de preparar a roupa para pular a fogueira. Para entrar no clima caipira, vale recorrer a vestidos coloridos, camisas quadriculadas, chapéus e sandálias de couro. Estes e outros itens do traje junino podem ser encontrados nos Mercados Municipais Albano Franco e Thales Ferraz, no centro de Aracaju.

Pensando no público que aposta na tradição junina, Bernadete Santos costura e vende trajes caipiras há 29 anos. No mercado, ela montou sua barraca e vende vestidos de todos os tamanhos, com preços que variam entre R$25 e R$80. “Até os homens costumam comprar vestidos para usar no casamento dos matutos”, afirma Bernadete. Para os menos ousados, ela vende camisa quadriculada e colete.

Bico, renda, fitas, viés, tecido quadriculado e de bolinha são os principais componentes de um vestido junino. “Quanto mais rodada a saia, mais
Clisiane faz questão de vestir a filha a caráter
chamoso o vestido fica”. Outra dica de Bernadete é a combinação de cores. “O vestido fica mais bonito com o tom sobre tom. O amarelo com laranja, por exemplo”, frisa.

Além do vestido, todo mês de julho, Clisiane dos Santos compra fitas, chapéu e sandália de couro para a sua filha de três anos. “Ela usa na quadrilha da escolinha e em casa, no dia de São João”, comenta Clisiane. Já Selma Santos foi ao mercado comprar o traje de noivo caipira para o filho de cinco anos.

Para completar o visual do folclore junino, muitos forrozeiros apostam nos chapéus. Do lado externo do mercado, Jacinto Nascimento comercializa chapéus de todos os gostos e preços.
Tradicionais chapéus de couro
Entre R$2 e R$40, Jacinto possui uma grande variedade, desde chapéus de couro, camurçado, nylon, palha, até de veludo, lona, ente outros materiais.

De tecidos, calças, camisas, calçados, cintos, vestidos a assessórios, opções não faltam, nos Mercados Albano Franco e Thales Ferraz. Com preços em conta e muita criatividade, só não fica à caráter para brincar o São João e o São Pedro quem não quiser.

Por Adrine Cabral e José Mateus