Pioneira no forró eletrônico, a banda cearense Mastruz com Leite completa em novembro 18 anos de carreira e prepara para o público um grande repertório durante o mês de junho. Em entrevista ao Portal Infonet, a vocalista Kátia Cilena fala sobre a trajetória da banda e a diferenciação do forró eletrônico ocorrida nos últimos anos.
Kátia está na banda desde o início
Portal Infonet – Estamos no ano em que a Mastruz com leite comemora 18 anos de carreira. Como é para você saber que a banda pioneira do forró eletrônico está completando sua maioridade?
Kátia Cilene – Estou na banda desde o primeiro ano de sua formação, então considero este momento uma grande vitória. Desde o início, nossa intenção era trazer para o público músicas que falassem de amor e sertão e que trouxessem um ritmo diferente, mais tarde conhecido como forró eletrônico. Hoje, sabemos que este é o estilo musical mais pedido no Nordeste, não pelas letras, mas pelo som.
Infonet – Você acredita que houve uma mudança no foco desse ritmo? Há diferença nas letras e melodias?
KC – Sim, muito. Logo no início, as letras do forró eletrônico eram mais românticas e contavam histórias reais de personagens sertanejos, nordestinos. Atualmente, o ritmo ganhou um tom mais pejorativo, mas ainda é a pedida do público. Sempre digo que não é a letra pejorativa da música que faz o público vibrar, mas a batida da música, que é bem gostosa e eletrizante. Por isso, todo mundo dança. Nossa banda continua com a a proposta inicial dos temas, mas é natural que as pessoas queiram inovar. E o melhor é que essa inovação não tirou o mérito dos nossos grandes sucessos.
Infonet – O que vocês estão preparando para a comemoração dos 18 anos da banda?
KC – Parece mentira, mas não sei te explicar isso. Essa parte fica por conta da produção interna da banda e ainda não nos foi passado. No entanto, posso afirmar que os grandes sucessos da banda estarão garantidos, a exemplo da música “Meu vaqueiro, meu peão”, que não podemos deixar de cantar nos shows.
Infonet – Qual a relação de vocês com o público sergipano?
KC – Sempre tivemos uma excelente relação com o público de Sergipe, tanto capital quanto interior. Aqui o público é bem caloroso e vibra com cada música que cantamos. Há pessoas que nos contam que começaram a namorar ao som das nossas músicas e que hoje estão casados. Acho o máximo e fico muito feliz. Fazemos e sempre faremos shows bem especiais para vocês.
Por Jéssica Vieira