O paraibano Flávio José traz xote para o público e fãs
Na última noite do Forró Caju, o público canta sucessos consagrados do músico e de outros artistas...
28/06/2009 - 23:22

"A indústria cultural é uma total inversão de valores"
Alquimista cultural, musicalmente regional, sem ser sonoramente folclórico. É assim que o paraibano Flávio José define seu trabalho, resgatando a regionalidade nordestina através do forró,”provavelmente a forma mais pura e sintética de uma identidade regional, manifestada em sua pluralidade de ritmos”, como o músico define.

Acumulando conquistas, em 2008 Flávio foi convidado a participar do Montreux Jazz Festival, na Suíça, uma das principais vitrines musicais do mundo.

Com 35 anos de carreira, descendente de família de músicos e 17 discos lançados, ele subiu ao palco Luiz Gonzaga na última noite de festa do Forró Caju, tocando sanfona e cantando sucessos de sua autoria e de artistas consagrados. O xote de sua banda entrou no compasso dos pés do público, que dança sem parar.

Tendo como suas principais influências Luiz Gonzaga e Dominguinhos, Flávio José se consagrou como um dos maiores intérpretes de forró do Nordeste. Segundo o próprio artista, sua obra “contrapõe-se abertamente ao jogo das indústrias culturais que, fundamentadas em valores mercadológicos questionáveis, replicam em suas linhas de montagem um arremedo de forró, desfigurado, irreconhecível, totalmente destorcido, subjugado na essência por uma total inversão de valores”.

Por Marianne Heinisch e Jéssica Vieira

 


 

Ainda não há comentários sobre esta matéria. Seja o primeiro!