No Arraiá do Povo, culinária diversificada agrada todos os paladares
13/06/2009


Bares e restaurantes estão sempre movimentados
Na estrutura de bares e restaurantes montada no Arraiá do Povo, a palavra de ordem é diversidade. Os visitantes encontram desde a tradicional comida nordestina até as variedades da gastronomia árabe e oriental. Tudo pensado para garantir aos sergipanos e turistas a possibilidade de escolher com que alimento recarregar as energias para dançar o forró.

Este ano, 12 estabelecimentos estão participando da festa promovida pelo Governo do Estado. A praça de alimentação visa mostrar ao público tudo o que Sergipe tem para oferecer. O espaço começa a funcionar às 17h e segue aberto até as 2h do dia seguinte.

A neta de árabes Gabriela Abud
A neta de árabes Gabriela Abud se encarrega pessoalmente de preparar quitutes como os charutos, os kibes e os kaftas, uma espécie de kibe no espeto. Ela reconhece que comida árabe não tem nada a ver com São João, mas o diferencial é importante porque deixa o turista com a opção de escolher o que comer.

“Aprendi a cozinhar com minha avó e meu pai, que nasceu no Brasil. O produto mais pedido é o kibe, por ser o mais conhecido. Mas aqui nós também vendemos comidas típicas. Por isso que eu acho importante essa diversidade”, afirmou a ‘Nega Bia’, que está empregando cinco pessoas neste período junino.

O casal baiano Eduardo Gomes e Eliane Rodrigues fica em Aracaju até amanhã e não deixou de conferir a cidade cenográfica na Orla de Atalaia. Além de elogiarem a estrutura e a organização da
Os baianos Eliane Rodrigues e Eduardo Gomes
festa, eles destacaram a variedade gastronômica disponibilizada no evento. “Já comi canjica, agora estou comendo kibe e depois ainda vou comer milho cozido. É importante ter essa variedade porque tem gente que não gosta de comidas típicas”, pontuou o economista, com a total aprovação da esposa, que é professora.

Regionalismo

Já o bar e restaurante Cariri aposta no cardápio baseado nas comidas típicas para atrair os visitantes. O café nordestino e os pratos com carne do sol, bode e macaxeira são os preferidos dos clientes, segundo o funcionário Raimundo Lopes. Na estrutura do Cariri, os 17 empregados podem atender, ao mesmo tempo, 144 clientes sentados e outros 60 em pé.

De acordo com o gerente do estabelecimento no Arraiá do Povo, Júlio César, o Cariri participa do evento desde que o Governo criou o evento. “Nós esperamos que este ano seja melhor do que ano
Júlio César e Raimundo Lopes, do Cariri
passado, porque a chuva atrapalhou muito. Agora nós tivemos condições de investir mais na estrutura, montamos uma cobertura e estamos disponibilizando mesas e cadeiras de madeira, que são mais confortáveis”, contou.

Ainda segundo ele, mais do que a decoração e a fama do Cariri, o que atrai os clientes é a qualidade da cozinha do estabelecimento. “Somos nordestinos e ainda mais nessa época do ano, que temos que trabalhar dentro do contexto do São João. Para nós, o segredo do sucesso é apostar no regionalismo”, finalizou o gerente.

Por Carlos Lordelo