
“Mastruz com Leite é um divisor de águas do forró”, diz vocalista
Em novembro de 1990 surgia uma das maiores bandas de forró do Brasil. A Mastruz com Leite guarda o posto de pioneira do forró eletrônico, mudando definitivamente a cara desse ritmo tão gostoso. Os cearenses foram a segunda banda a tocar neste domingo, 28, no Forró Siri. Antes de subir ao palco da festa e se apresentar no maior São Pedro do estado, a vocalista Bete Nascimento recebeu a equipe do Portal Infonet e falou sobre a história de sucesso da Mastruz. Confira!
A vocalista Bete Nascimento está na banda há 15 anos
Portal Infonet – Como vocês lidam com o fato de terem mudado a realidade do forró?
Bete Nascimento – Para nós é muito importante guardar esse título de banda pioneira do forró eletrônico. Posso dizer que o surgimento da Mastruz com Leite representou um divisor de águas na história do forró, porque mudamos muita coisa e influenciamos várias bandas. Até então, o forró era somente Luiz Gonzaga e Dominguinhos.
Infonet – Vocês enfrentaram preconceito na época?
BN – Sim, sofremos muito preconceito no início. Antes o forró era música de periferia e foi com o
tempo que o ritmo começou a ganhar todas as classes sociais.
Ela começou na Mastruz com 19 anos
Infonet – O que mudou desde o nascimento da banda?
BN – A Mastruz continua com um som regional, expressando a força da cultura do Nordeste e cantando as histórias do homem do sertão. Além disso, guardamos o nosso romantismo.
Infonet – Vocês marcaram toda uma geração e hoje se revive nas festas o chamado ‘forró das antigas’. Como vocês enxergam isso?
BN – Isso é ótimo, porque projetos como esse valorizam ainda mais nossas músicas que fizeram tanto sucesso.
Infonet – Você está na banda há 15 anos. Como você começou a cantar na Mastruz e por que se consolidou no grupo?
BN – Eu me identifiquei muito com o trabalho da banda. Antes eu cantava MPB em outra banda do grupo, a Aquários, e a vontade de cantar forró nasceu naturalmente, até que comecei na Mastruz.
Infonet – Como é a relação da banda com o público sergipano?
BN – Maravilhoso! O pessoal daqui é bastante forrozeiro, né? (risos)
Por Carlos Lordelo e Paloma Abdallah