Heitor Pereira Alves Filho O
candidato ao Governo de Sergipe, Heitor Pereira, hoje
aos 45 anos, iniciou sua vida política na década
de 70, na militância do movimento
estudantil, na luta pela anistia e pelas liberdades
democráticas. Ele militava na Convergência
Socialista, organização que veio em
1980, juntamente com outras fundar o PT, partido em
que militou até 1993. Segundo o candidato,
em virtude da degeneração programática
e do fim da democracia interna, veio a se desfiliar,
fundando, junto a amigos, o PSTU. Heitor foi diretor,
por dois mandatos, da AGE/SE - Associação
Profissional dos Geólogos de Sergipe e, atualmente,
já no segundo mandato, é diretor do
Sindipetro. Ele foi um dos entrevistados pelo InfoNet
Notícias e falou sobre sua candidatura e intenções
para o Governo sergipano.
Portal
InfoNet - Por que votar em Heitor Pereira Alves Filho
para governador de Sergipe?
Heitor Pereira - porque o PSTU é
o único partido que nessas eleições
apresenta um programa de ruptura com todo o modelo
neoliberal que tanto desemprego e miséria tem
causado ao povo brasileiro, sendo também o
único que se colocou claramente contra a ALCA.
Os demais apenas se propõem a continuar gerenciando
a crise ao invés de enfrentá-la em suas
raízes, mantendo assim esse sistema de exploração
e opressão.
IN - Quais suas propostas de Governo nas áreas
de educação, saúde, transporte,
segurança, cultura e saneamento básico?
HP
- Na saúde e educação
defendemos que as mesmas deixem de ser
tratadas como mercadorias e passem a ser tratadas
como direitos da população, defendemos
a estatização completa da saúde
e da educação democratizando o acesso
da população às mesmas. No transporte,
defendemos: 1 - o passe livre para estudantes e desempregados.
2 - a criação de empresas estaduais
e municipais de transportes coletivos, estatizando
assim mais esse serviço.
Na segurança defendemos: 1 - eleição
pela comunidade dos delegados das
delegacias das respectivas áreas das comunidades;
2- unificação da polícia
militar e civil, com a criação de projetos
de formação para transformar a
polícia em instrumento de combate ao crime
e não aos movimentos políticos e
sociais; 3 - punição exemplar para policiais,
juizes, promotores e demais
autoridades da área de segurança que
se envolvam em crimes contra a
população; 4 - criação
de comitês de autodefesa da população;
4 - extinção
das tropas cujo objetivo seja a repressão de
massas e conflitos políticos e
sociais. Na Cultura defendemos a criação
de um comitê estadual de cultura formado pelos
próprios artistas, artesãos e grupos
populares, independente do Estado para desenvolvimento
da cultura livre e autônoma - à arte
toda liberdade e licenciosidade! No saneamento básico,
em consonância com um Plano de Obras Públicas
que utilize os recursos advindos do não pagamento
da dívida externa, defendemos um projeto para
execução em dois anos que atenda a todas
as moradias e comunidades - nenhuma casa sem água
tratada ou esgoto sanitário. Esse Plano de
Obras Públicas inclui também a construção
de escolas, postos de saúde, hospitais e moradias
populares.
IN - Como governador, que setor do Estado
será tratado como prioridade em seu mandato?
HP - Os trabalhadores e a juventude
devem ser a prioridade de qualquer governo nesse país
- com os recursos advindos do não pagamento
da dívida externa a prioridade deverá
ser a educação, a saúde, a construção
de
moradias, gerando assim os empregos que nos foram
tomados ao longo desses
anos - isso significa que as empreiteiras, atravessadores
de mão de obra no
trabalho terceirizado, construtoras que mamam nas
tetas do dinheiro público
não mais terão vez.
IN - Quais as suas propostas para os municípios
sergipanos?
HP- A eleição de conselhos
populares, formados por delegados eleitos
nas comunidades, fábricas, escolas, etc, para
formarem o Conselho de Governo
- proposta que não deve ser confundida com
a do "Orçamento Participativo",
que não passa de um engodo - estamos propondo
uma nova forma de governo,
baseada em Conselhos Populares dos trabalhadores do
Campo e da Cidade, que determinem o destino de 100%
do orçamento do estado, suas políticas
prioritárias, etc..
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