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Soares Pinto: “Eu vou cumprir a minha missão”


25/09/2002


O professor e candidato ao Senado pelo PGT, Soares Pinto, se lançou na política no ano de 1966, fundando o Movimento Democrático Brasileiro, no antigo Cinema Rio Branco. Em 1970, ele teve a sua primeira candidatura para vereador em Aracaju, ficando na suplência. Seis anos depois, em 1976, Soares Pinto foi eleito vereador e exerceu o cargo até 1982, se lançando candidato à deputado estadual, ficando mais uma vez na suplência. Em 1985, foi secretário de Serviços Urbanos da capital, durante a administração de José Carlos Teixeira. Foi condecorada com a Medalha “Ordem de Gran Mestre”, da ordem do mérito de Sergipe. Em 2000 a câmara de vereadores concedeu a Soares Pinto a medalha “Ordem do Mérito Parlamentar”.

Portal Eleições 2002 - Qual a principal função de um senador?
Soares Pinto - Na minha concepção, a função do senador está aquém daquilo que podemos dizer um deputado federal. Só que o senador, ao meu ver, tem mais responsabilidades. Pois, como se vê, todo os ministros, diretores, para serem escolhidos e nomeados, devem passar pelo crivo da votação dos senadores. Entendo que a responsabilidade é muito grande. Os senadores têm que se preocupar principalmente com os desmandos do momento que é a soberania nacional - temos que nos preocupar com essa história de Alca, os Estados Unidos querendo, a todo curto, mandar em nosso território, inventando até que existe uma área já federal no Amazonas que pertence ao mundo e não ao Brasil. Então, para isso me candidatei e acho que todos os senadores têm a responsabilidade de cuidar do nosso país. Sempre, nas minhas andanças e nos pronunciamento que faço, tenho dito que Soares Pinto tem passado limpo e presente conhecido. Já fui vereador de Aracaju, secretário de serviços urbanos e me preocupo sempre aquilo que não meu. O cidadão que é vereador, deputado, senador, presidente da República ou governador, tem que gerenciar o que é público e não fazer o que muitos fazem, se locupletarem com o público. É necessário que o povo brasileiro se conscientize e saiba escolher os seus representantes no dia 6 de outubro. Senadores comprometidos que façam projetos que beneficiem a educação, saúde, ao social, dentre outros.

PE - Quais as suas intenções no Senado?
SP - É trabalhar, fiscalizar. Apresentar projetos que venham de fato beneficiar o povo e não me eleger em nome do povo e, quando chegar lá em Brasília, passar a ser representante do governo. Irei lutar contra a desigualdade social e projetos que jamais poderiam ser apresentados. Sendo senador da República, a partir de janeiro, irei fazer uma emenda que irá de encontro à CPMF. Se não conseguir extermina-lo, pelo menos vou lutar por uma emenda em que o cidadão seja beneficiado, porque não é admissível que o cidadão seja aposentado, assalariado e receba aquele salário minguado e sempre, sobre o seu salário, o seu dinheiro, tenha o R$ 0,38 da CPMF. Salário é salário, mas quando é dinheiro de investimentos, aplicação financeira, aí tudo bem, se cobre se tache. São essas coisas que Soares Pinto pensa. Se eleito for, lá no senado podem ficar os 80 contra mim, pouco me importa, eu vou cumprir a minha missão.

PE - Como senador, que setor do Estado será tratado como prioridade em seu mandato?
SP - Sendo eleito pouco me importa que o Governo do Estado seja do meu partido ou não. Eu entendo que política não se faz suja, retrograda. Mesmo que o governador seja adversário meu, que o partido seja adverso, estarei a serviço de Sergipe e do Brasil. Por isso a prioridade hoje é a polícia. Existe uma polícia paralela que ajuda o narcotráfico. Nós todos estamos perplexos diante do que vem acontecendo no Rio de Janeiro, São Paulo, com esses marginais mandando, dominando. Tudo isso é proveniente da fraqueza do Estado que não está sabendo administrar suas polícias, não está pagando salário dignos para que os policiais não sejam vendidos, eles recebem propostas altas e, na tentação permitem que os bandidos tenham acesso á armas e telefones. É preciso ter uma polícia voltada para, de fato, fazer com que essas pessoas façam apenas o policiamento e não receber propinas e deixar o Estado à mercê da própria sorte. Na qualidade de pedagogo, de professor, irei lutar também pela educação. Irei fazer parte da comissão de educação do senado e irei bater muito também em dar condições ao pobre freqüentar a escola pública, já que o rico, mais preparado, freqüenta as universidades federais. Que sejam criadas mais condições para que as pessoas de baixa renda freqüentem essas universidades.

PE - Quais as suas propostas para os municípios sergipanos?
SP - Existem várias propostas, embora fique aquém de muitas coisas que acontecem. Os prefeitos dos municípios não têm dinheiro para nada - é o que eles alegam - mas quando chega o final de semana, eles têm dinheiro para colocar um trio elétrico na praça. Eu lamento que existam Tribunais de Contas no Estado pagando altos salários, mas a fiscalização não é correta. o povo continua desempregado, com fome, mas o dinheiro público continua sendo desviado. Quando tem chuva, tem indústria da chuva, quando tem seca, tem a indústria da seca. Tudo isso é assumido por esses maus políticos. Eles mesmos não têm culpa. Se Fernando Henrique está lá, é porque o povo brasileiro achou que por duas vezes ele deveria estar lá. O povo é quem escolhe, o povo é quem vota e eles elegem sempre os mesmos que estão aí há 15, 20 anos. E porque não mudança? É necessário que haja alternância de poder. A saúde do município foi municipalizada, todos recebem dinheiro da saúde, educação dentre outras secretarias. E porque esses municípios pegam seus habitantes e transferem para outras cidades, outros Estados, para outros hospitais? Tem que ser criado um projeto que vise fiscalizar mais o dinheiro público.

 

 


 

 

 

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