O Coordenador do concurso Sérgio Ramos (Fotos: Portal Infonet)

O Concurso de Quadrilhas Juninas da Rua de São João está chegando ao final com um gosto de quero mais. Na noite dessa quinta-feira, 21, aconteceu a penúltima eliminatória dessa fase e contou com três apresentações: Cangaceiros da Boa da cidade de Japaratuba, Assum Preto do Conjunto Castelo Branco e Xodó da Vila do bairro Jardim Centenário. O concurso é uma iniciativa dos moradores da Rua de São João em parceria com a Funcaju e a Prefeitura de Aracaju.

De acordo com o coordenador geral do concurso, Sérgio Ramos, em Sergipe existem duas entidades que regulamentam as quadrilhas juninas, são elas: a Liga e a Federação das Quadrilhas. A agremiação junina só pode fazer parte de uma das duas e somente competirá com os membros da mesma. Esse ano, a Rua de São João conseguiu unir as quadrilhas dos dois grupos e fazer uma competição de alto nível, comtemplando, desta forma, todos os quadrilheiros do Estado. Um espetáculo onde quem ganhou foi o público. “As quadrilhas da Liga são mais tradicionais, enquanto que as que fazem parte da Federação acompanharam a evolução com novas coreografias. É a primeira vez que estão disputando entre si”, explica o coordenador.

A jurada Magna era só sorrisos

O coordenador explicou ainda que o regulamento foi disponibilizado no mês de abril, onde houve um sorteio geral feito de forma aleatória, independente da entidade pertencente. O regulamento diz o que pode e o que não pode ser feito durante as apresentações e em geral as quadrilhas somente têm acesso uma semana antes do início dos concursos. “Esse foi mais um diferencial do nosso concurso. Serão 27 dias de apresentações feitas em cima do que está escrito e passado antecipadamente”, afirma.

Os jurados são em número de cinco e devem preencher a dois requisitos básicos: o primeiro é ter sido quadrilheiro e o segundo e mais importante é que ele tenha acompanhado a evolução das quadrilhas durante esses 20 anos de concursos. A jurada Magna Rejane explica que são analisados nove critérios durante a apresentação: desempenho do marcador, harmonia e animação, coreografia, traje, tema, trio, xote, xaxado e baião. As notas variam de 7 a 10 e para a quadrilha sagrar-se campeã ela deve apresentar-se cinco vezes. “Pensando na dificuldade que toda quadrilha passa para manter a tradição é injusto conceder uma nota entre zero e seis”, explica Magna.

Nessa sexta-feira, 22, é a última noite de apresentação da fase eliminatória e vão se apresentar as quadrilhas Massacará, da cidade de Carmopólis, Abusados da Roça, da cidade de Aracaju e a quadrilha Luiz Gonzaga do Conjunto Augusto Franco. De sábado, 23, até o dia 27 serão realizadas as semifinais e no dia 28 a grande final.

Por Diego Rios