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As meninas eram só alegria (Fotos: Eduardo Oliva) |
Improviso que nada, tudo estava muito bem ensaiado! Foi assim que o público definiu a apresentação do grupo folclórico Batucada de Improviso. Com roupas floridas, chapéus e tamancos de várias tonalidades, o grupo mostrou que Estância não é só a terra do barco de fogo e das espadas, mas também, uma cidade que preserva suas raízes históricas e culturais.
Batucada de Improviso é uma das ações culturais da entidade Grupo Cultural Improviso de Sergipe e está presente no município de Estância desde 2001 atendendo crianças da comunidade Porto da Areia. “Eu gosto e acho bonito. Incentivo muito minha filha a ir nos ensaios”, afirma Luciana Conceição, que tem a filha assistida há três anos pelo projeto.
Histórico
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O coordenador Wellington Fontes no vocal |
Segundo historiadores, a batucada surgiu dos grupos de fogueteiros (homens) que se deslocavam para as matas para fazer a retirada do bambu, matéria-prima essencial para a fabricação desses fogos. Durante esse trabalho de cortagem e transporte do bambu pelas estradas esses fogueteiros cantavam e faziam versos. No período do São João esse grupo vinha para as ruas da cidade cantando e soltando fogos, foi daí que se pensou em transformar essa folia em algo mais artístico. No início eram só homens e com o passar do tempo o grupo passou a ter uma abrangência mais feminina com a introdução do tamanco usado por elas, que serve para dar ritmo e como resposta ao trovador.
O coordenador do grupo, Wellington Fontes, descreveu a apresentação como o ápice da preservação da cultura de Estância. “Como agente cultural eu me sinto e me vejo como uma peça importante na preservação da cultura estanciana. Lutamos para termos espaços de forma igualitária para termos orgulho do nosso passado e isso deve ter início nas escolas. Precisamos trabalhar isso”, afirma o coordenador.
A noite seguiu ao som de muito arrastapé eapresentação com o trio pé de serra Morango do nordeste e a banda Forrozão Amor Demais.
Por Diego Rios