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27/06/2012 - 00:07
Ou chama na “chincha” ou não dança forró
Homens e mulheres diverge quando o tema é chamar para dançar

Acácia Alves: "Eles chamam para dançar e já querem vir beijando" (Fotos: Marco Vieira)

Disposição, energia e vontade de dançar não faltam para as mulheres solteiras nesse Forró Caju. Para elas não tem tempo ruim, pode estar chovendo ou não, o que elas querem mesmo é arranjar um bom parceiro para dançar a noite inteira. Será que os homens estão chegando junto no forró e dando conta do recado? Ou será que elas escolhem muito?

Pode ser um “xotezinho”, um arrasta-pé, um “vaneirão”, a “pisadinha' ou até mesmo um forró mais romântico, para elas o que importa é dançar. “Eu gosto de dançar, mas quando os homens vêm com ousadia não gosto. Eles chamam pra dançar e já querem vir beijando. Mas para beijar tem que haver química. Não é tão simples como eles pensam, sou careta mesmo”, relata a autônoma, Acácia Alves. Segundo ela, a mulher pode dar um não de vez em quando, principalmente se perceber que o cara é ousado ou está bêbado.  “Eles têm que aceitar, fica feio é a mulher chamar e levar um não”, declara.

A dança só acontece depois da troca de olhares para Wendel Wesley

Para alguns homens, levar um “não” de vez em quando é normal, mas a maioria das meninas alegam não negarem uma dança sequer. “Eu venho só para dançar e não importa com quem. Está difícil arranjar um cara que queira só dançar, isso sim. Eles só querem sainha curta e perna de fora. Calça jeans virou burca de muçulmana”, desabafa a psicóloga Juliana de Lourdes Ribeiro, 26 anos.

Algumas exceções ainda existem. Alguns chamam para forrozear já alegando que é só uma dança e nada mais. “Eu chamo muito para dançar, e sem segunda intenção”, diz o estudante Wendel Wesley Chagas, 19 anos. Mas existe uma regra: a dança só vem depois que acontece a troca de olhares. “Para não tomar fora de primeira, chamo a menina que já estou trocando olhares”, completa.

A dança acontece mais naturalmente quando se está em turma de vários amigos, em que os pares dançam só por dançar e, caso role algo a mais, é consequência. Mas se elas vêm em bandos femininos apenas, a coisa complica. “As mulheres têm que fazer papel de homem hoje em dia. Eles estão muito metidos e não chamam mesmo para dançar. Primeiro a gente tem que “fitar” o cara, passar pela frente para ver se ele chama e se até aí não rolar, a amiga tem que dar uns empurrões”, relata a estudante Gabrielle Costa, de 18 anos. "Vale a pena vir pra cá só para dançar e pronto", diz Renata Lima, 19 anos.

Para as amigas Renata Lima e Gabrielle Costa, as mulheres têm que fazer o papel de homem, hoje em dia

Os papéis se invertem quando eles afirmam que as mulheres sergipanas são metidas e que só dançam querendo algo a mais. “A gente nem chegou para falar direito e elas já cortam. Tem muita mulher “bossal” que só dança se for com um paquerinha ou se estiver interessada no cara”, alega Herbert Pereira dos Santos.

É um disse me disse que, no final, cada uma das partes têm razão. O forró é feito para ser dançado a dois, mas como diz o ditado “quando um não quer, dois não brigam”. Nesse caso, quando um não quer dançar, o que vale é improvisar. Seja se balançando sozinho, com as amigas ou arriscando e chamando o outro na “chincha”.

Por Thamires Nunes e Jéssica Vieira

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