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Pablo falou sobre a escolha minuciosa do repertório (Foto: Arthuro Paganini) |
O locutor anunciou: “a partir de agora, a voz romântica que conquistou o Brasil!”. Dali em diante, tudo o que se via e ouvia na Praça de Eventos de Nossa Senhora do Socorro era reflexo do romantismo vindo do palco. Tinha quem gritasse de euforia, mas tinha também quem sussurrasse ao pé do ouvido. Era Pablo, deixando a noite de abertura do Forró Siri ainda mais bonita, intensa e verdadeira.
Ele foi claro com o público: estava rouco, devido à sequência frenética de shows, e precisaria do acompanhamento de todos ali presentes. Esse pedido era até desnecessário, diante de tanto sucesso sabido de cor. “É a minha primeira vez nessa festa linda”, afirma o cantor, requisitado em vários eventos juninos do estado. “Eu já me sinto em casa”, admite.
Ao longo do show, faixas do último disco lançado (volume 3) ditavam o ritmo fielmente acompanhado pelos fãs. “Esse repertório é novo, atual, mas também vou mesclando com os sucessos mais antigos”, afirma Pablo, em relação a canções do período em que compunha o grupo Asas Livres.
Repertório arrochado
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Público lotou a Praça de eventos do Conjunto João Alves, à espera do cantor (Foto: Arthuro Paganini) |
A escolha das músicas, inclusive, é um tema que ganha atenção especial do baiano de Candeias. “O repertório é feito em equipe. Tem o meu maestro, que fica com 30%, e os outros 70% ficam por minha conta mesmo”, comenta Pablo.
Toda essa preocupação é fruto do teor sentimental que as canções adquirem para cada fã em particular. “A gente faz uma espécie de laboratório, já sabe o que se encaixa perfeitamente e que vai tocar todos os corações”, detalha ele, que se auto-intitula “A Voz Romântica”.
Pablo tem consciência de que, atualmente, alcança públicos distintos. São faixas etárias e padrões de vida variados, que se veem semelhantes diante de um som contagiante. “O arrocha se encaixa em vários eventos, seja de axé, pagode e, principalmente, de forró. Por isso que é um estouro”, explica o cantor, disposto a manter o ritmo neste patamar. O público agradece.
Por João Camilo