Laranjeiras – Cultura e folclore fazem a história dessa cidade centenária

    Fotos: Marco Vieira

A cidade de Laranjeiras, a 23 km de Aracaju respira história. É uma das poucas cidades no Estado onde ainda se pode ver a força da arquitetura colonial. A cidade é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, desde 1996.

No início de janeiro, Laranjeiras sedia o Encontro Cultural que é uma demonstração da riquíssima cultura do Estado. Teatro de rua, grupos folclóricos, cordel, palestras, seminários e bandas culturais e populares (de renome nacional) se misturam durante três dias inteiros da primeira quinzena do mês.

Partindo de Aracaju, pega-se BR 101 no sentido Maceió. A BR está duplicada e bem sinalizada e há uma placa informado o trevo de acesso a cidade. Existem ônibus que saem do Centro de Aracaju ao preço de R$ 2,30 por pessoa.

É também no município que fica uma outra opção de lazer, o Hotel Fazenda Boa Luz. Totalizando uma área de 7 milhões de metros quadrados, englobando pastagens, instalações, hotel, parque aquático, zoológico, horta, pomar, restaurantes, lanchonetes e mais de uma dezena de lagos e atrações.

Além da beleza natural exuberante, o Boa Luz ZooParque oferece diversão completa, mais de 30 atrações, para realizar sonhos e fantasias de um mundo mágico, único no nordeste, que muitos apelidaram, merecidamente, de “o Beto Carreiro do Nordeste”. Informações podem ser encontradas na página na internet: www.boaluz.com.br.

Riquezas folclóricas

Laranjeiras guarda em sua história e tradição muito das culturas indígena, portuguesa e negra e um dos mais ricos folclores do Brasil. São inúmeras as manifestações culturais que remetem ao passado e garantem, no presente, uma permanente interação entre as mais diversas comunidades responsáveis pela continuidade do folclore. Algumas das manifestações encontradas em Laranjeiras são: Reisado; Taieiras; Lambe-Sujos e Caboclinhos; Cacumbi;Dança de São Gonçalo; Chegança; Samba de Coco; Quadrilhas juninas.

Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus

Situada na Praça da Matriz, local onde se originou o atual núcleo urbano da cidade. Construída na segunda metade do século XVIII, foi a primeira igreja dedicada ao Sagrado Coração de Jesus no Brasil. Em Sergipe, era sede de aristocrática Irmandade do S.S. Sacramento. O painel do forro da Capela do Santíssimo, representando o Coração de Jesus, é atribuído ao pintor baiano José Teófilo de Jesus.

Igreja Nossa Senhora da Conceição da Comandaroba

Em 1731, às margens do rio Cotinguiba, os jesuítas inauguraram sua segunda residência em Laranjeiras; uma construção mais simples do que a primeira. O templo apresenta as características das demais construções jesuíticas no Nordeste. No seu pórtico, de pedra calcária, e no arco cruzeiro estão gravados monogramas que confirmam suas origens e da sua padroeira, a Virgem da Conceição.
Provavelmente uma das últimas construções dos padres da Companhia de Jesus em terras sergipanas, que, em 1759, foram expulsos da Colônia, tendo seus bens confiscados pelo governo português. Fica a aproximadamente 1 km da zona rural.

Casa do Engenho Retiro (1701) e Capela de Santo Antônio, Capela do Engenho Jesus, Maria e José (1769), Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito (séc. XIX), Gruta da Pedra Furada, Terreiro Filhos de Obá, Igreja de Nosso Senhor do Bonfim (séc. XIX) e Gruta da Matriana.
As igrejas são outras atrações do município, muitas delas distantes da sede, mas que vale a pena a visita por seu contexto histórico e cultural. São mais de 12 igrejas refletindo a contribuição dos jesuítas para a região. São elas: do Retiro (1701); de Nossa Senhora da Conceição da Comandaroba (1734); de Nossa Senhora da Conceição dos Pardos (1843); a Igreja Presbiteriana de Sergipe (1884); a Igreja do Bonfim; Igreja Matriz Sagrado Coração de Jesus (1791); a capela de Sant’aninha (1875); Igreja Bom Jesus dos Navegantes (1905); Igreja de São Benedito e Nossa Senhora do Rosário e Igreja Jesus, Maria e José (1769).

Por Bruno Antunes