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04/02/2012 - 01:47
Entrevista: Biquini Cavadão faz seu nono show em Sergipe
Em 2012 banda lançará novo álbum com músicas inéditas
Bruno Gouveia, vocalista do Biquini Cavadão (Foto: César Oliveira)

A banda Biquini Cavadão completa 27 anos na estrada em 2012. Em Sergipe, somando o show do Verão Sergipe, na madrugada de sábado, 4, na Caueira, a banda completa sua nona apresentação. A primeira foi em 1988, um momento em que, segundo o vocalista Bruno Gouveia, não foi dos melhores. Eles voltaram, conquistaram o público sergipano com sucessos como 'Vento e Ventania', 'Timidez', 'Tédio', 'No mundo da lua' e 'Dani'. Para este ano também pretendem lançar o mais novo trabalho, intitulado Roda Gigante, com músicas inéditas. Bruno Gouveia conversou com a equipe do Verão Infonet e lembrou do primeiro show em Aracaju, como também falou de política.

Portal Infonet - Esta é a nona vez que a banda faz um show em Sergipe. O que faz uma apresentação se tornar inesquecível?
Bruno Gouveia - O que faz um show se tornar inesquecível são as pessoas. A gente mesmo questiona. Como foi o show da última vez que estivemos aqui. Foi um show maneiro por causa disso e daquilo. Então vamos lembrando de todas as situações causadas pelas pessoas. O que nos deixa marcado em uma noite de show é justamente pelo comportamento que se desenrola ao longo dos shows.

PI - Então posso perguntar se você lembra do primeiro show aqui...
BG - Lembro, foi uma confusão horrorosa. Fizemos em um teatro e houve um problema, que não lembro muito bem o quê, mas acredito que foi falta de pagamento ao responsável pelo som. Chegamos tarde. A imprensa detonou a gente e ficamos sem acreditar porque era nossa primeira vez em Aracaju. Lembro porque ficamos alguns dias na cidade e assistimos a todas as notícias.

PI - Realmente foi um show inesquecível...
BG - Não foi uma boa lembrança, mas foi inesquecível. Ficamos preocupados e com vontade de voltar a Sergipe para poder fazer um show que o público merecesse.

PI - Quando a banda Paralamas do Sucesso fez seu show aqui na semana passada fiz uma pergunta e gostaria de repeti-la. O Biquini Cavadão completa 27 anos em 2012 e qual diferença vocês apontam em relação ao período antes e depois da redemocratização do país (1988)?
BG - O Brasil como um todo entrou em um momento de certa apatia. Foi uma coisa muito estranha porque lutamos pelo voto e que o presidente fosse civil e conseguimos. Mas ele morreu e entrou um cara da oposição. Lutamos novamente, entrou outro presidente, esse também não era legal e colocamos pra fora. De repente mudou tudo e agora nós temos uma situação em que os escândalos acontecem e ninguém reage. Isso sim mexe um pouco. Continuamos a escrever aquilo que nos incomoda, seja uma canção de amor ou de protesto. O que muda é disposição as vezes desse público querer ouvir uma música de protesto ou usar esse música como um canal pra soltar a sua voz e reclamar. Isso perdeu um pouco. Em todos os discos falamos sobre isso e continua no nosso trabalho.

PI - Sobre os discos, esse ano a banda lançará o Roda Gigante. O que podemos esperar desse novo trabalho?
BG  - Desde 2007 nós gravamos nossos próprios discos. Para esse trabalho combinamos a forma de distribuí-lo. Isso faz uma diferença. O disco sairá por uma distribuidora, que já está quase certo que seja pela Deckdisc, pois temos uma história de sucesso, na qual recebemos o disco de platina. Esse é um disco de inéditas e esperamos fazer novos sucessos para o público.

Por Arthuro paganini

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