Uma festa segura, animada e com gosto de quero mais. Este é o resumo do segundo dia do Verão Sergipe, último dia do evento na Atalaia Nova. A noite aberta com o ‘Son’s Maria’ teve seu momento áureo com a despedida de Rita Lee dos palcos.

Show polêmico, claro! E isto era exatamente o que esperavam pessoas de todas as idades que vieram acompanhar este momento. Na plateia era Fácil ver desde criancinhas bem pequenas, passando por adolescentes e chegando a idosos que curtiram – e muito – os tempos áureos da cantora.   “Rita tem muito a ver com a minha história. Os anos 60 estão registrados na minha memória e Os Mutantes são inesquecíveis”, afirma o aposentado Agenor Batista.

Os mais jovens, inevitavelmente, foram influenciados pela rainha do rock. Exemplo disto pode ser visto junto a Pedro Victor e seus amigos. “Vim só para o show de Rita. Curto as músicas dela por causa dos meus pais. Não podia deixar de conferir como seria esta última apresentação”, conta Pedro Victor Silva Santos, 18 anos.

E história não falta na vida musical desta paulistana criada na Vila Mariana. Em meados da década de 60, junto com Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, cantou, tocou flauta e até percussão e abusou da experimentação, tendo por influências nomes como Elvis Presley, Neil Sedaka, Paul Anka, Peter, Paul and Mary, Beatles, Rolling Stones, Cauby Peixoto, Ângela Maria, Tito Madi e João Gilberto, Emilinha Borba, Carmen Miranda, Dalva de Oliveira e Maysa.

Com o disco Fruto Proibido, de 1975, conquistou visibilidade e consagração nacional a partir de sucessos como ‘Agora só falta você’, ‘Esse tal de roque enrow’ e ‘Ovelha negra’. Chegou a ser presa por porte de maconha nos períodos truculentos da ditadura militar, participou de novelas tanto como atriz quanto por meio de suas trilhas musicais, recebeu inúmeros prêmios, comandou programas de TV e hoje, despede-se dos palcos em um show que reúne grandes sucessos autorais e de outros artistas que, como ela, tornaram-se imortais, a exemplo de Michael Jackson e The Beatles.

Por Vivian Reis