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  Infonet Eleições 2006
 

João Fontes monopoliza Heloísa Helena


19/09/2006, 16:30


Heloísa em palestra no CDL
A Senadora Heloisa Helena, candidata do PSol à presidência da República, esteve hoje em Aracaju, cumprindo programação que deveria ter sido extensa, mas, em verdade, resumiu-se a uma palestra seguida de debate no auditório do Clube dos Diretores Lojistas (CDL).

Heloisa Helena chegou à Aracaju no finalzinho da noite de ontem. Começou ainda no Aeroporto de Aracaju a série de desentendimentos. O ex-prefeito Marcelo Déda voltou a Aracaju no mesmo vôo que ela. Foi recebido com vaias pelos partidários do PSol e do PCB e, antes de passar por mais desconforto, preferiu logo ir embora.

No saguão do aeroporto já a esperava o deputado João Fontes, candidato a governador pelo PDT; Toeta, o candidato a governador do PSTU e o sr. Edmilson Celestino, candidato do partidão. Na quebra-de-braço que se seguiu, Heloísa Helena preferiu embarcar no carro do deputado federal João Fontes e foi descansar na casa dele. Já ali, os demais partidários da Senadora receberam a ducha de água-fria. O café-da-manhã marcado para as 8h no Mercado Municipal, foi cancelado assim como a passeata pelo Calçadão da João Pessoa, em direção ao Clube dos Diretores Lojistas, na Rua Santa Luzia.

O PSTU e o PSol mantiveram a passeata e a fizeram. Quando chegaram ao CDL, a candidata já estava à porta, trazida por João Fontes e atendia à Imprensa. Ouviu-se então o coro: “Heloísa Helena é socialista/não cabe oportunista”, naturalmente dirigido ao sr. João Fontes que parecia não se importar com a manifestação.
A candidata ao lado de Gilson Figueiredo

Com o auditório praticamente lotado, Heloísa Helena foi recebida pelo dirigente lojista Gilson
Figueiredo, que pediu-lhe uma explanação de 30 minutos, seguido de debates. E foi o que aconteceu.

Ela fez, então, pesadas críticas à política econômica dizendo que embora não exista mais dívida externa, o que preocupa é a dívida interna. Sobre a reforma tributária disse que o governo federal não quis fazê-la porque significaria perda de receita.

Criticou a política de juros no Brasil e revelou que, um simples corte nele, significará a circulação de mais de 97 bilhões de reais no mercado brasileiro. Garantiu que é possível fazer um novo Brasil, que não seja bancado pela especulação e que, num eventual governo seu, não haverá lugar para a retirada de um único direito do trabalhador. Afiançou que não há déficit na seguridade social do Brasil e sim um superávit de 57 bilhões de reais.

Após defender o orçamento impositivo, disse ser contra a reeleição. Comentou a situação de Cuba e também os entreveros do Brasil com a Bolívia. “A soberania nacional não pode ser construída esmagando outros povos”.

Do lado de fora, o professor Celestino e Toeta, usando de um trio elétrico, criticaram o deputado João Fontes. Depois, foram embora. Tanto que, quando a Senadora Heloísa Helena deixou as dependências do CDL, já encontrou na rua poucos partidários dos partidos que a apóiam.

Por Ivan Valença


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