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  Infonet Eleições 2006
 

Lula, Déda e Zé reúnem milhares de pessoas em comício


16/09/2006, 11:52


Déda afirma que é contra a transposição

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve presente ontem, sexta-feira, 15, em um comício na praça Dom José Tomás, no Siqueira Campos, na capital sergipana.

 

Estavam presentes figuras políticas que fazem parte da Coligação ‘Sergipe Vai Mudar’, como Marcelo Déda, candidato a governador, Belivaldo Chagas, candidato a vice, José Eduardo Dutra, candidato ao Senado, e candidatos às vagas para deputado e senador. Também estavam no local alguns prefeitos de cidades do interior que apóiam a coligação e o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira. Segundo a organização do evento, o comício reuniu cerca de 10 mil pessoas.

 

Apesar do atraso de cerca de duas horas, Lula, que estava acompanhado de Luiz Dulci, secretário geral da presidência, disse acreditar no “vento das mudanças” que a coligação propõe para Sergipe e manifestou desejo de colaborar ainda mais para o desenvolvimento do estado nos próximos quatro anos.

 

Público de aproximadamente 10 mil pessoas
O comício foi aberto por Belivaldo Chagas, que agradeceu o apoio da multidão que estava no local. “Não chegaríamos até aqui sem o povo”.

 

Em seguida, a palavra foi dada a José Eduardo Dutra, que alfinetou a candidata à reeleição para o Senado pela coligação ‘Sergipe no Rumo Certo’, Maria do Carmo Alves (PFL). Segundo o candidato, a senadora seria reprovada se o Senado fosse uma escola. “Sempre somos reprovados quando faltamos muito e quando não temos bom aproveitamento. Creio que a reprovação dela será dada pelo voto do povo”, declarou.

 

Logo depois, foi a vez do candidato Marcelo Déda fazer seu discurso. Foi quando veio à tona um assunto que tem feito parte do cotidiano das campanhas e das notícias dos jornais locais: a transposição do Rio São Francisco.

 

Déda disse ser contrário à transposição do rio e a favor de sua revitalização. “Estou cansado das mentiras que são faladas com meu nome. Eu estou aqui presidente, para afirmar que eu sou contrário à transposição do rio São Francisco e eu vou lutar por isso como governador de Sergipe”, afirmou.

 

O presidente Lula foi o último a falar. Em tom irônico, fez em seu discurso algumas críticas aos seus adversários e aos candidatos à reeleição João Alves e Maria do Carmo Alves. Esclareceu sua posição com relação a assuntos como transposição do Rio São Francisco e falou sobre seus feitos para Sergipe.

 

Confira as partes mais importantes do discurso do presidente:

 

Mentiras, calúnias e difamações
Lula falando ao povo no Siqueira Campos

 

Lula afirmou que enfrentou um ano e meio de mentiras, calúnias e difamações e não respondeu a nada. O presidente atribuiu os ataques às suas realizações no governo. “Eles não se conformam e mentem descaradamente”, disse.

 

“Os meus adversários não se conformam em me ver no poder. Eu mostrei que um brasileiro pobre, com pouco estudo, operário, pode governar. Para eles, isso não estava escrito. Mas eu posso não ter lido muitos livros, posso não ser sociólogo, mas de uma coisa eu entendo: sei o que o povo quer, entendo a alma do povo”.

 

Elite

 

O presidente atacou a elite política formada por sua oposição, dizendo que ela não o aceita no poder e foi essa elite que levou Getúlio Vargas ao suicídio, que criticou Juscelino Kubitschek e que derrubou João Goulart.

 

“Eles não sabiam que tinham um presidente diferente, que conhece a alma do povo. O chefe da direita disse que era preciso fazer o Lula sangrar e quando ele chegar à eleição estará debilitado. Mas eles não sabiam que tinham inventado a transfusão. E eu fiz transfusão com o povo brasileiro, peguei um pouquinho de sangue da cada um. Agora estou aqui e eles têm que me aceitar”, disse Lula.

 

Ainda com relação ao tema, o presidente afirmou que em Sergipe há uma “elite retrógrada” governando o estado. “E aqui a dose é dupla porque é marido e mulher”.

 

FHC

 

Lula voltou ainda a atacar o seu antecessor, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), com quem vem trocando críticas ao longo dos últimos dias.  “O doutor está bravo. Deve ser porque, no governo dele, foram criados em média oito mil empregos por mês, enquanto que, no governo desse operário, a média é de 103 mil empregos por mês".

 

As críticas foram feitas ao ex-presidente Fernando sem citá-lo nominalmente. Segundo Lula, FHC pode ter lido muito mais livros, mas não soube ler a alma do povo e fica nervoso quando os dois governos são comparados porque o seu é superior. “O ex-presidente, como fica nervoso, como fala, como me ofende. E eu fico em casa com a Marisa lendo aquelas cartas e pensando: bem que a minha mãe me dizia: "Não é escola que dá educação. Educação vem de berço". Mas ele tem razão de ter bronca de mim: ele estudou mais do que eu, fez pós-graduação, leu muito mais livros do que eu e por que eu, um torneiro mecânico, tinha de ser presidente?”.

 

Transposição

 

Assim como o candidato Marcelo Déda, o assunto transposição também teve atenção especial do presidente em seu discurso. “Eu sou contrário à transposição do Rio São Francisco e já iniciei neste governo sua revitalização. E continuarei nos próximos quatro anos”.

 

E continuou: “A transposição é o único tema da campanha de João Alves. O governador deveria cuidar dos rios Sergipe, do Sal, Poxim, entre outros rios dos estado que estão altamente poluídos e abandonados, em vez de usar a causa do São Francisco”, atacou acrescentando que o governador deveria ir ao rio do Sal e ficar tomando banho de cueca.  

 

João Alves

 

“João Alves só sabe mentir e caluniar. Ele age com cinismo e isso é lamentável para um governador. Está há 12 anos no governo e os rios repletos de esgoto. Por causa de políticos como ele o nordeste não é tão desenvolvido. Não é admissível esse cinismo na campanha eleitoral. Eu conheço a figura, é malando, conta inverdades como verdades”, disse. “Eu não tenho duas caras. Não posso acreditar que o povo de Sergipe vá deixar de acreditar em mim e no Déda para acreditar em João Alves”.

 

Futuro

 

O presidente destacou seus feitos para Sergipe e disse que fará muito mais nos próximos quatro anos e que espera que o povo eleja Déda e Zé Eduardo para que os dois possam ajudá-lo. “É hora do povo respirar, deixar a mudança acontecer”, declarou.

 

“Fiz questão de vir a Sergipe para dar este apoio aos dois e para reforçar que estou cansado de trabalhar e os governadores tirarem as fotos ao lado das minhas obras, ao mesmo tempo em que afirmam que eu não os ajudo. Quero que fique claro para o povo de Sergipe que eu vou fazer muito mais por este lugar nos próximos anos. Minha relação é direta com o povo. Não mando dinheiro para governadores e sim para o povo”, declarou enumerando seus feitos para Sergipe.

 

“Agora, com os candidatos Déda e Zé Eduardo, terei mais facilidade em colaborar para que Sergipe seja um lugar melhor para todos”, finalizou confiante na vitória.

 

 

Por Milena Ninck

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