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  Infonet Eleições 2006
 

Especialistas pedem mudanças no sistema eletrônico de votação


31/07/2006, 15:20


Pedro Rezende, professor da UnB
O sistema de votação eletrônica, que completa este ano uma década de uso no país, ainda precisa ser melhorado para reduzir a possibilidade de fraudes, defendem especialistas em segurança de dados.
Segundo esses técnicos, a principal forma de aperfeiçoar a urna eletrônica seria a impressão de um comprovante do voto. O papel seria depositado em outra urna, o que permitiria conferir a votação nos dois sistemas.

 

“Fazendo as duas votações, há uma forma de conferir o sistema impresso com o eletrônico”, defende Amílcar Brunazo, engenheiro especializado em segurança de dados e representante técnico do Partido Democrático Trabalhista (PDT).

 

Carta pública pela impressão do comprovante

 

Técnicos assinaram uma carta pública em favor da impressão de um comprovante do voto, em 2003. Diversos professores da área de computação, de algumas das maiores universidades do país, apóiam o manifesto. “Resolveram o problema de fraude simplesmente tornando a fraude indetectável”, critica Jorge Stolfi, professor do Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), outro dos especialistas responsáveis pelo documento.

 

“Que sistema é mais seguro, um que precisa de um batalhão de fraudadores ou um que pode ser alterado por um único programador?”, questiona Pedro Rezende, professor da Universidade de Brasília (UnB). Rezende, que coordena o programa de extensão em Segurança Computacional da UnB, explica que o problema é a própria lógica adotada pelo TSE de que um sistema de informática é tão mais seguro quanto mais fechado ele seja e quanto menos pessoas o controlem. “Nós já pensamos que, quanto maior o controle do cidadão, mais seguro. Esse é o princípio básico da democracia”, afirma ele.

 

Black Box Voting

 

Ainda como base para a manifestação dos técnicos, está o relatório da organização não-governamental norte-americana Black Box Voting. Ele traz resultados de testes com urnas da empresa Diebold, a mesma fabricante da urna usada nas votações brasileiras, e indica que é possível, sim, manipular os programas de computador  responsáveis por fazer a urna funcionar.

 

O manifesto dos técnicos está disponível em www.votoseguro.org e conta também com assinaturas de cientistas ligados à Universidade de São Paulo e à Universidade Federal Fluminense. O documento foi redigido à época da tramitação no Congresso do projeto de lei n. 1503/03, que, aprovado, eliminou a necessidade de a Justiça Eleitoral providenciar a impressão do voto, para conferência do eleitor. Em 2002, essa impressão aconteceu integralmente em Sergipe e no Distrito Federal. Nos demais estados, foi feita apenas em algumas urnas, por amostragem.

 

Agência Brasil

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