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  Infonet Eleições 2006
 

Depois do silêncio, Almeida Lima solta o verbo


31/07/2006, 11:30


"Não estarei no palanque de ninguém. Estarei no palanque de casa"

Depois de um período afastado da mídia e dos bastidores políticos, o Senador Almeida Lima volta a se manifestar. “Neste período nada pude fazer senão observar e ouvir”, afirmou.

 

Em entrevista concedida a um veículo impresso da capital, ele falou sobre Eleições 2006 e fez duras críticas a políticos e a candidatos ao governo, ao presidente Lula e ao Partido dos Trabalhadores. Almeida Lima condenou a aliança entre seu partido, o PMDB, e o PT.

 

Sobre seu posicionamento isolado durante as eleições, foi enfático: “Não estarei no palanque de ninguém. Estarei no palanque de casa”, e fez declarações sobre planos para seu futuro político.

Aliança entre PMDB e PT

O candidato, mesmo fazendo parte do PMDB, condena a aliança feita com o Partido dos trabalhadores. “Olhe para mim e veja se eu tenho cara de político desonesto, de corrupto, de mensaleiro, de sanguessuga? Veja o meu passado como prefeito de Aracaju? Veja se eu gastei o dinheiro da prefeitura em capinação de área pavimentada a paralelepípedo ou se eu fiz a “micareta picareta”? Meu caro jornalista, eu tenho um nome a zelar, não me misturo com esta gente não. Eu fiz a administração da Prefeitura de Aracaju e comigo trabalharam algo em torno de 15 secretários. Todos respeitados até hoje. O PT já é um partido em estado de putrefação. Eu tenho dito isto da tribuna do Senado e faço desta entrevista uma extensão. Este partido é formado por uma quadrilha de ladrões, assim já disse o procurador geral da República (Antonio Fernando Barros e Silva de Souza), são ladrões não apenas os que foram descobertos desde o início do governo como o José Dirceu, mas também, os que estão sendo descobertos agora e os que serão depois, e o presidente Lula é conivente com tudo isto”. 

Reeleição de Lula e apoio do PMDB
"O Presidente Lula é conivente"

Questionado se apoiaria juntamente com seu partido a reeleição do presidente Lula, ele disse: “Alto lá! O meu PMDB não! Você está falando do PMDB de Benedito Figueiredo, dos deputados Jorge Alberto e Jader Barbalho e dos senadores Ney Suassuna, José Sarney e Renan Calheiros. O meu PMDB não vota em governo corrupto nem vota na reeleição de Lula. O meu PMDB é o do senador Pedro Simon e o do presidente deputado Michel Temer. É o PMDB que não está compactuando com o governo Lula, nem com o PT, ou seja, o PMDB que não está compactuando com a roubalheira. O meu PMDB é o que propõe CPI para investigar a roubalheira, não é o que participa dela não”.

PMDB local

O PMDB local foi alvo de críticas através das figuras do deputado federal Jorge Alberto PMDB e do Presidente estadual do PMDB, Benedito Figueiredo. O senador declarou que não pretende mais conviver e se entender com os dois. “Simplesmente não há e não haverá convivência. O meu ideário é outro”.

O ex-prefeito Marcelo Déda
"Marcelo Déda e todos os petistas são ridículos, mentirosos, enganadores"

O senador acredita que o candidato Marcelo Déda não mudaria em nada a administração e que sua proposta de trazer "o novo" para a administração do Estado é falsa. "Só se for o novo velho. Este discurso do novo é a mentira de todos os petistas. Todos eles passaram 25 anos enganando o povo e, em especial a classe trabalhadora. Todos são iguais. Déda tratou os trabalhadores da Prefeitura de Aracaju da mesma forma que Lula tratou os servidores federais: a pão e água. Portanto, Marcelo Déda e todos esses petistas são ridículos, mentirosos, enganadores e são o que existem de mais reacionário na política deste país".

 

João Alves Filho

"O terceiro governo de João é uma edição piorada dos outros dois"

Sobre o candidato João Alves, com quem fez uma aliança quando se elegeu senador, ele declarou: "Você acha bom o sujeito ganhar uma eleição para governador, não cumprir os compromissos assumidos com o povo e, quatro anos depois, aqueles mesmos políticos que apoiaram a eleição daquele governador voltar às cidades e às casas dos mesmos eleitores para pedir o voto novamente? Eu participei de toda a campanha e ouvi João Alves afirmar que o terceiro mandato de governador seria para ele reescrever a sua biografia e, por isso, estava assumindo o compromisso de voltar ao governo reciclado. Ou seja, ele admitia que os seus dois primeiros governos não foram bons, mas o terceiro iria redimi-lo de todos os pecados cometidos, por ação ou por omissão. E o que aconteceu? O terceiro governo, o atual, é uma edição biográfica piorada em relação aos dois anteriores".

Sua participação nas eleições

"Estarei no palanque de casa. Tomei esta decisão porque Sergipe está sem opção. Como senador da República eu não quero influenciar a decisão de nenhum sergipano na escolha de um governador entre os dois candidatos. Não quero me sentir responsável por nenhuma escolha. Lamento pelo povo que estará escolhendo entre o ruim e o péssimo".


Futuro político

O senador lamenta por não participar das eleições este ano e fala sobre as eleições em 2010. "Neste período nada pude fazer senão observar e ouvir. Portanto, nada tinha a dizer. Na verdade, os fatos me levaram a esta situação, embora não fosse este o meu desejo". "A eleição de 2010 está muito distante para assumir esta condição, mas eu tenho costume de planejar a minha vida a curto, a médio e a longo prazo, e posso afirmar que Sergipe vai construir uma opção independente e desvinculada de tudo que aí está", finalizou.

Por Milena Ninck

 

 

 

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